sexta-feira, 25 de março de 2022

Machos biológicos podem competir como fêmeas nos Jogos da Commonwealth de 2022



24 de março de 2022




Machos biológicos podem competir como fêmeas nos Jogos da Commonwealth de 2022. O órgão mundial de ciclismo, Union Cycliste Internationale, supervisionará as regras sobre a inclusão .

Um porta-voz disse que a nova política “será de acordo com os princípios estabelecidos na estrutura do COI sobre justiça, inclusão e não discriminação com base na identidade de género e nas variações de sexo”.

A declaração da federação acrescenta: “Abraçamos todos os atletas, cidadãos, comunidades e nações da Commonwealth e promovemos a justiça, a não discriminação e a inclusão”.

A exigência de diminuir a testosterona foi removida pelo Comité Olímpico Internacional, deixando que cada organização desportiva determine as suas próprias regras. O COI também indicou a sua opinião de que não se deve presumir que os machos biológicos tenham vantagem sobre as fêmeas.

Há um ciclista transgénero específico à procura de inclusão, mas o órgão nacional recusou-se a comentar especificamente sobre esse caso, dizendo: "não comento decisões de selecção individuais, mas consideraremos qualquer ciclista que atenda aos critérios de elegibilidade que usamos ao tomar decisões sobre as nossas indicações”.

A porta-voz da Binary, Kirralie Smith, disse que as regras são injustas e ofensivas:

“Biologicamente, os homens têm uma vantagem distinta sobre as mulheres no desporto. Devido ao seu desenvolvimento, eles têm corpos maiores, maior volume sanguíneo, capacidade pulmonar, densidade óssea e massa muscular, resultando em mais velocidade, resistência e força. Reduzir a testosterona não nega os factos.
As atletas femininas merecem competir num campo de jogo justo e seguro. O COI e outros órgãos desportivos têm o dever de proteger o desporto feminino. Permitir que os homens compitam como mulheres é um insulto e afastará as meninas de perseguir os seus sonhos desportivos”.

quinta-feira, 24 de março de 2022

A propósito das ditas “terapias de conversão”

 



Será que as ditas “terapias de conversão” existem? 
Ou serão mais um termo criado por activistas que não querem que os profissionais de saúde acompanhem e intervenham junto de pessoas fragilizadas com problemáticas de orientação e de identidade sexuais? 

Os activistas LGBTQIAP+ (P? Não param de adicionar novas letras?), numa atitude totalitária, política e ideológica, ao serviço das esquerdas radicais, querem limitar a prática clínica enviesando as intervenções dos profissionais de saúde sem se preocuparem minimamente com a saúde e o bem-estar de pessoas que se encontram em sofrimento.

Exigir que pessoas, cooptadas pela comunidade LGBTQIAP+, não possam ser acompanhadas caso procurem ajuda para esclarecer a sua orientação sexual, não é uma violação contra os direitos dessas pessoas?

Se uma pessoa, que sempre viveu e agiu como heterossexual, procurar ajuda de um profissional de saúde porque sente que, afinal, é homossexual, pode.

Mas, se for ao contrário, se procurar ajuda de um profissional de saúde, porque nunca se sentiu bem com a sua orientação homossexual e deseja ser heterossexual, não pode?

Afinal, se existe o género fluído, se alguém pode ser hétero ao almoço, homo ao jantar e bi à ceia, por que se negam a todas as pessoas os mesmos direitos?

Requerer que as designadas pessoas LGBTQIA+ não possam ser aconselhadas a identificar-se com o sexo com que nasceram e a aceitar a sua sexualidade natural, não é impedi-las de exercer livremente os seus direitos?

Alguém acredita que perseguir e limitar a actuação de profissionais de saúde, em nome de uma ideologia que nada tem de científica, é o caminho a seguir?

Comparar a cor da pele à orientação sexual, como faz a ILGA, para afirmar que ninguém proporia a uma pessoa que sofresse de racismo, que mudasse a cor da pele, ignora que a cor da pele não é fluída e que a atracção sexual, de acordo com a mesma ILGA, pode sê-lo. 

Outro grande erro do activismo LGBTQIAP+ é confundir orientação sexual com transexualismo. É absurdo e muito, muito perigoso para quem sofre de disforia de género.

Ora, a 17 de Maio de 1990 a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou o “homossexualismo” do CID-10. A partir de então substituiu-se o referido termo por “homossexualidade”, uma vez que no contexto médico o sufixo “ismo” remete à doença. A partir daí, além da liberdade e da ética profissionais a que todos os profissionais são obrigados, existem directrizes de como obrigar profissionais de saúde a comportarem-se num contexto clínico com estas pessoas. É que as pessoas, antes de serem LGBT, são pessoas e todos têm de ser tratados de igual modo, profissional e ético.

Mas, vejamos, quiseram tirar a transsexualidade do manual de doenças internacional, fizeram-no, mas depois perceberam que deixava de ser possível dar hormonas, fazer cirurgias e outras intervenções, ou seja, a realidade impôs-se e a OMS teve que criar a nova categoria de 'saúde sexual' para incluir os cuidados e intervenções de saúde a pessoas transexuais.

A prova de que tudo isto é ideologia política é que retiraram do meio médico e psicológico a possibilidade de as pessoas tomarem essas decisões num meio protegido e adequado, o clínico.

Ou seja, permitiram, através de leis, que qualquer pessoa possa mudar de sexo e de nome no registo civil sem sequer ser avaliada por profissionais de saúde. Depois, podem ir aos clínicos exigir cirurgias estéticas e hormonas. Os profissionais de saúde que que se recusarem a fazê-lo poderão ter sérios problemas, tal é a força destes lobbies.

Todos percebemos as implicações de segurança para estas pessoas, que até podem ter estas ideias devido a alguma doença mental (Ex.psicose) ou até fisica (tumor cerebral, hipogonadismo).

Por isso, usar os poucos relatos existentes em Portugal para proibir que os profissionais de saúde possam ajudar quem os procura, sabendo que num deles só foi ouvida a parte que interessa à narrativa – um activista LGBTQIAP+ - que mentiu sobre os factos, e ignorar casos como o de Keira Bell, que foi apoiada pelo serviço de desenvolvimento de identidade de género (GIDS) do “SNS” Inglaterra para crianças, começou a tomar bloqueadores da puberdade quando tinha 16 anos e que, aos 24, arrependida da decisão que tomara, percebeu que tinha sido influenciada por tudo o que a rodeava e pelas assistentes sociais, e resolveu processar o serviço que lhe aconselhara a transição, não é sábio.

Em documentos legais recém-divulgados, um especialista global em autismo alertou que meninas autistas ou anoréxicas parecem mais propensas a dizer que querem tornar-se meninos. A evidência foi provada pelo professor Christopher Gillberg na Suprema Corte e levou a uma decisão histórica segundo a qual crianças menores de 16 anos não seriam capazes de dar consentimento informado para se submeterem a tratamento com drogas “experimentais” bloqueadoras da puberdade, o que quase sempre leva a tomar hormonasdo sexo cruzado para mudar os seus corpos.

Infelizmente, como já escrevi, a questão dos transgéneros tornou-se política, envolta em questões de políticas identitárias e bandeira de movimentos LGBTQIAP+, e isso tornou perigoso levantar questões ou dúvidas sobre as transições médicas de género em crianças. Alguns profissionais de saúde, que tiveram coragem para o fazer, foram difamados e correram o risco de ver as suas carreiras chegarem ao fim.

No Tavistock, os profissionais só fornecem “cuidado afirmativo de género”. Na prática, isso quer dizer que quando uma criança declara a sua vontade de “mudar de sexo” o seu desejo é imediatamente aceite e conclusivo. O cuidado afirmativo está a ser imposto e adoptado como modelo em muitos países.

Mas, ex-praticantes de Tavistock citaram diversos problemassofridos pelas crianças que procuraram ajuda, como abuso sexual, trauma, abandono dos pais, homofobia na família ou na escola, depressão, ansiedade, estar no espectro do autismo, ter TDAH. Essas questões profundas, e como elas podem estar ligadas a sentimentos de disforia, muitas vezes foram ignoradas em favor de tornar a transição a solução para todos os fins.

Como a Suprema Corte descobriu – durante o julgamento do caso de Keira Bell - grande parte do tratamento que a clínica oferece não é baseado em evidências sólidas. Na época em que o caso de Keira foi aceite, o NHS afirmava que os efeitos dos bloqueadores da puberdade eram “totalmente reversíveis”. Mas, recentemente, o NHS deu o dito por não dito e reconheceu “que 'pouco se sabe sobre os efeitos colaterais a longo prazo' no corpo ou no cérebro de um adolescente”. Isso não os impediu de prescrever medicamentos a pessoas como Keira.

O Dr. Christopher Gillberg, professor de psiquiatria infantil e adolescente da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e especialista em autismo, foi uma das testemunhas no caso. Na sua declaração ao tribunal, Gillberg disse que, ao longo dos seus 45 anos de tratamento de crianças com autismo, era raro ter pacientes com disforia de género – mas os números dispararam em 2013, e a maioria eram meninas biológicas. Gillberg disse ao tribunal que o Tavistock estava a usar as crianças como cobaias.

Os activistas podem gritar que estou a tentar tirar os direitos trans, que as crianças sabem o que é melhor para elas e para os seus corpos, e que estou a arruinar a vida dessas crianças.

Mas estou focada no que é melhor para crianças confusas e angustiadas. Muitas meninas estão a fazer a transição porque estão a sofrer problemas de saúde mental, traumas, abusos, etc.. Tenho lido muitos relatos de pessoas que acreditaram que a transição resolveria todos os seus problemas e que se arrependeram… Tarde demais.

É isso que queremos para as nossas crianças?

 



terça-feira, 15 de março de 2022

Sobre as “casas feministas”

 



O Dia Internacional da Mulher, como já vem sendo hábito, deu origem a inúmeros artigos feministas, dentre os quais destaco “Casasfeministas”, que dava conta de que no País Basco e em Valência está a avançar legislação que obriga a construir casas para combater as desigualdades de género.

Num primeiro momento, pensei: Afinal, para quê tantos milhões para a causa feminista, movimentos feministas, Associações, Organizações, etc., quando bastava construir casas com cozinhas em open space, ter contacto visual com a sala, acabar com as suítes, e entrar mais do que uma pessoa, ao mesmo tempo, na casa de banho, para acabar com as hierarquias, as desigualdades e dividir as responsabilidades domésticas?

Sem dúvida, artigos como este, além de darem origem a comentários bem-humorados: «Boa ideia! Assim ela traz os chinelos e o jornal mais depressa», conseguem insultar a inteligência de qualquer pessoa que tenha dois neurónios, não tenha uma perspectiva de género nem seja militante feminista.

Tirando a ideologia socialista por detrás desta legislação, que só invade ainda mais a propriedade privada e entrega ao Estado a decisão sobre o espaço interior da casa de cada um, é caso para perguntar aos espanhóis e às feministas se nunca viram os programas de restauro de casas que dão nas TV’s.

De acordo com a internet, o primeiro conceito de open-space foi introduzido pela arquitecta francesa Charlotte Périand no final dos anos 80, portanto, não é nenhuma novidade.

Mas, a minha experiência de vida diz-me que o conceito é bem mais antigo. Entre 1965 e 1971, na primeira casa onde vivi, até aos 6 anos, a cozinha, a sala de jantar e a sala eram um espaço único. As únicas divisões com porta eram os dois quartos e a casa de banho. E não foi isso – o conceito de open space - que fez o meu pai dividir as responsabilidades domésticas. Aliás, lá em casa, elas sempre estiveram bem divididas e definidas: o meu pai trabalhava de sol a sol, para nos sustentar, e a minha mãe geria o lar. Quando ela adoecia – independentemente do espaço ser aberto ou fechado – ele fazia as tarefas domésticas. Ele viveu os últimos anos da sua vida como dono-de-casa a cuidar da mulher que prometera amar na tristeza e na alegria, na saúde e na doença, até que a morte os separasse.

Dizer que as donas de casa se sentem discriminadas e excluídas das actividades familiares só porque há paredes e portas a separar a cozinha da área de lazer… É, no mínimo, rebuscado. Se o objectivo é fazer passar a ideia de que a mulher passa o dia na cozinha, e a não ser que ela seja cozinheira de profissão, é ignorância.

O conceito de open space não pode transformar-se numa imposição estatal às famílias. Nem toda a gente gosta do conceito e de facto tem algumas desvantagens: 1) os odores dos cozinhados propagam-se pela casa toda e, se há cheiros que não incomodam, há outros, como o cheiro a fritos, que são extremamente desagradáveis e se entranham em tudo. 2) O barulho que se faz quando ligamos os electrodomésticos para fazer um batido, bater um bolo, passar a sopa e até o barulho do próprio exaustor atrapalham qualquer programa que os filhos estejam a ver ou qualquer conversa entre quem não está a cozinhar.

Finalmente, é óbvio que não é o espaço em si que muda o carácter ou a mentalidade de quem quer que seja. Por muito activismo que as feministas façam para acabar com a propriedade privada e tornar político tudo o que é pessoal, não há “casa feminista” que transforme a essência do ser humano.

Quem é que acredita na narrativa de que “quartos principais com casa de banho favorecem uma “hierarquização” indesejável”?

Quem é que delegou nesta feminista - autora destas orientações e especialista em igualdade de género – o design das casas das famílias?

Todos os quartos têm de ser iguais?

E se eu e a minha família quisermos que sejam diferentes? E se todos quiserem ter janelas para o jardim em frente, quando só um dos quartos dá para o jardim? Como pode esse quarto ser igual a um que não tenha janela para o jardim?

As casas de banho devem poder ser usadas por mais do que uma pessoa ao mesmo tempo?

A sério? Será que a ideia é ir à casa de banho com algum dos convidados? Será que a autora destas orientações nunca foi á casa de banho com o marido? Que nunca a usou ao mesmo tempo que ele? Será que tem marido? Família?

Isto de querer impor alterações à vida dos demais “aplicando uma perspectiva de género” – uma ideologia - à casa dos outros, não é diferente de querer obrigar todos os demais a ter a cosmovisão feminista de género.

E se deixassem as casas dos outros em paz?  .

Existe uma linha que nunca devia ser transposta: permitir que o governo decida aquilo que pertence à vida privada de cada um.



segunda-feira, 14 de março de 2022

A guerra que não passa nos média

 


Não, não me refiro à guerra na Ucrânia. A guerra que não passa nos média é a guerra pela mente das nossas crianças, a guerra cultural.

O que é a guerra cultural?

A guerra cultural é a disputa pelos elementos de uma cultura, que avança com o apoio do Estado, das instituições e dos dispositivos culturais.

Explicando: Os elementos de uma cultura são as suas crenças, tradições, linguagem, mitos, rituais, normas, costumes, etc.. Ou seja: tudo o que conforma a cultura e o seu impacto sobre a nossa conduta.

Guerrear pelos elementos de uma cultura significa impor a essa cultura/sociedade quais são as crenças colectivas, os valores colectivos e as normas sociais correctas, não através da força das armas, mas sim usando as tecnologias, as instituições e os dispositivos culturais – Igreja, famílias, Escolas, Universidades, meios de comunicação, redes sociais, música, teatro, cinema, etc..

É no meio desta guerra que nos encontramos e, tal como acontece na guerra da Ucrânia e em todas as guerras, as crianças são o elo mais frágil e precisam ser defendidas e protegidas.

O caso que aqui trago retrata uma das frentes de batalha dessa guerra. Teve lugar na vizinha Espanha, no programa infantil Clan (RTVE), que convidou crianças a questionarem a sua identidade sexual e a normalizar a ideologia de género [LGBTQIA+],

Bea Sever, sexóloga e responsável por uma organização de “menores trans” foi uma das últimas convidadas do programa matinal “Aprendemos no Clan” para fazer uma lavagem cerebral - sobre “diversidade e desejo sexual” - a um grande número de crianças.

As declarações da activista suscitaram uma forte reacção on-line por parte das famílias e dos educadores e deram origem a uma petição lançada na Tufirma.org.

Sever, que se apresenta ao público desta forma:  «se tiver dúvidas sobre a sua identidade sexual, se quiser aceitar-se e divertir-se ou melhorar a sua relação com o seu próprio corpo», não hesitou em convidar as crianças a "normalizar e tornar visível " a realidade transexual, pansexual e homossexual «nos filmes, séries e nas ruas. […] Há alguns anos eu não tinha a mínima ideia disto, mas aquela que eu pensava ser a minha filha era na verdade o meu filho».

Durante a meia hora seguinte, num programa de televisão que é gravado em infantários e escolas primárias e recomendado para público de todas as idades, a sexóloga debitou ideologia de género nas cabecinhas de crianças com cerca de 10 anos.

Interrogatórios infantis sobre diversidade sexual

«Atracção [sexual] para todos os géneros, incluindo os não binários», é um dos ensinos transmitidos no programa.

Isso é o conceito de educação indispensável para uma criança de 6 anos?

A sexóloga e a apresentadora do programa, María José Malia, questionaram as crianças sobre diversidade sexual, convidando-as a «entender que são as pessoas que vão construindo a sua identidade» «com o que sentem», ou «com a orientação do nosso desejo [sexual]».

Desde o início do programa, fica clara a formatação que as crianças sofrem nas escolas e que estas consideram “normal” um menino vestir-se de princesa. Como disse uma das meninas: «Alguns com certeza [rir-se-iam dele] porque os seus cérebros acreditam que as meninas têm que usar uma coisa e os meninos outra».

Ao longo da sua intervenção, a activista trans concentrou-se em fazer com que as crianças interiorizassem três pontos-chave: 1) «todos somos diferentes e que não há nada normal e/ou anormal»; 2) «a importância de visualizar [a realidade do género] em filmes, séries e nas ruas» para a sua normalização e 3) o «conhecimento e educação» que as próprias crianças «trabalharam na turma».

Num dos pontos altos do programa, uma voz em off convidava os espectadores a perguntar-se se são meninos ou meninas para definir a identidade sexual, quer dizer: «quem somos e como nos autopercebemos», já que «todos temos mais ou menos características masculinas ou femininas».

Imediatamente a seguir, o canal infantil promoveu a ideia de que esta identidade é «uma forma de nos percebermos» e que, longe de ser aquela que corresponde a um homem ou a uma mulher «é construída ao longo da vida. A expressão de género é como tu mostras o teu género de acordo com os papéis que nos são atribuídos», enquanto a orientação sexual é definida «por quem tu sentes atracção física ou emocional de acordo com o sexo».

Opinião sustentada pela mesma sexóloga quando contou às crianças o exemplo da sua filha de 5 anos, cuja «mudança de identidade» ela mesma [mãe e activista da teoria do género] promoveu: «Ela não é minha filha, mas é meu filho, e ele sempre soube o que era. O que acontece é que ele não entendia como é que nós não o podíamos ver. Com 5 anos conseguimos entender o que ele estava a expressar-nos».

Saia, maquilhagem e saltos altos: «De meninos e meninas»

Em seguida, por meio de um jogo de expressão de género, no qual as crianças tinham que responder se a saia, a maquilhagem ou os saltos altos «são só para raparigas, para rapazes ou para ambos», a sexóloga e a apresentadora convidaram as crianças a descobrir «se as coisas de meninos ou meninas são realmente assim ou se podem mudar dependendo do tempo».

A resposta dos menores foi surpreendentemente equilibrada e todos responderam «para ambos». Não houve uma única voz discordante.

Um menino que, na melhor das hipóteses, terá 10 anos, afirmou: «Há alguns anos eu tinha um amigo que era bissexual». Ou seja, o seu amigo «há alguns anos» teria… 6, 7 anos? Nessa idade, as crianças podem ser definidas como bissexuais? Sabendo nós que, bissexual é aquele que sente atracção sexual e tem relações sexuais com homens e com mulheres… Crianças de 6, 7 anos já tiveram relações sexuais com pessoas de ambos os sexos? São bissexuais?

Além da ideologia imprópria para crianças, propagada pela sexóloga e pela activista trans, o que mais devia chamar a nossa atenção é a opinião e a convicção das crianças de que devem «ver-se mais gays e lésbicas na rua e ser mais normal». De acordo com um menino: «Se as pessoas dissessem o que pensam, seria mais normal usar saia e essas coisas». Haizea, uma menina, concluiu que as pessoas «deveriam falar mais sobre isso» e convidou-as a «informarem-se e a aprenderem».

Se os adultos se atrevem a fazer isso na televisão pública, o que não farão na sala de aula?

Se eles se atrevem a fazer isso na televisão pública, o que não farão na sala de aula?

E, por favor, não pense que isto é só em Espanha e que não acontece por cá, pois, além de filmes que explicam a crianças como se faz sexo e que passaram na RTP2, do Referencial de Educação para a Saúde, na pág. 74, para o pré-escolar, recomendar: «Desenvolver a consciência de ser uma pessoa única no que respeita à sexualidade, à identidade, à expressão de género e à orientação sexual», e dos conteúdos da disciplina de Cidadania eDesenvolvimento, que promovem e incentivam a transexualidade, no dia 20-03-2019, numa página da Associação Projecto Be Equal, podia ler-se: «Olá pessoal. Hoje estivemos na Escola EB1 de Gueifães com uma turma do 2º ano do 1º ciclo do ensino básico […] Falámos sobre aceitação/felicidade/transgénero e discriminação com uma leveza maravilhosa … Crianças com 7/8 anos […].

Por que não se fala desta guerra?

Será que a vamos perder sem sequer lutar?


sexta-feira, 11 de março de 2022

Câmara da Flórida vota para banir discussão sobre identidade de género com crianças de 8/9 anos, ou menos, na Escola

 TALLAHASSEE, Flórida

No dia 24 de Fevereiro, e no sentido de reforçar o direito fundamental dos pais a tomarem decisões sobre a criação, educação e controlo dos seus filhos, o deputado republicano Joe Harding apresentou na Câmara da Flórida um projecto de lei que proíbe os professores de promover discussões dentro da sala de aula sobre identidade de género e atracção sexual com crianças de 8/9 anos e mais novinhas.

 

O projeto de lei HB 1557, proíbe expressamente qualquer “instrução por parte de  funcionários da escola ou terceiros sobre orientação sexual ou identidade de género”.

A Câmara votou e o resultado foi: 69 a favor do projecto de lei “Direitos dos Pais na Educação”, e 47 contra. Isso significa que a legislação chegará ao Senado, onde uma votação favorável colocará o projecto em vigor no ano escolar 2022-2023.

Além de “reforçar o direito fundamental dos pais de tomar decisões sobre a criação e o controlo dos seus filhos”, o projecto de lei também visa garantir que haja transparência, entre a Escola e os pais, sobre o que é ensinado em sala de aula bem como quaisquer desenvolvimentos na “saúde ou bem-estar mental, emocional ou físico dos seus filhos”.

Embora tenha passado na Câmara do Estado da Flórida com apoio dos republicanos, o projecto enfrenta forte oposição do lóbi LGBTQIA+ e dos democratas, inclusive na Casa Branca.

No início do mês, num tweet, o presidente Joe Biden anunciou a sua oposição ao projecto que chamou “odioso” e classificou como uma ameaça à “protecção e segurança” das crianças.

Biden foi acompanhado pela secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, que disse que, como mãe, “espera que os nossos líderes garantam a segurança, protecção e liberdade dos seus filhos” enquanto denuncia o projecto de lei dos Direitos dos Pais na Educação como um “ataque” a crianças “que já são vulneráveis ​​ao bullying”.

Harding, autor do projecto, explicou aos legisladores que é necessário “criar limites do que é apropriado ensinar nas nossas escolas numa idade tão precoce […], não é ódio, mas sim impor limites, e é justo que os nossos professores e os nossos agrupamentos escolares saibam o que esperamos.”

 

Chamado a comentar para a Fox News, Harding explicou que, se for bem-sucedido, o projeto de lei inibirá os agrupamentos escolares de ensinar “género e orientação sexual e o que significa e aprofundar-se nisso”, considerando a prática “inapropriada para a idade”.

No dia 9 de Fevereiro, um dia depois de Psaki ter feito os seus comentários numa conferência de imprensa, Harding também divulgou uma resposta em vídeo, acusando o governo Biden de “distorcer a verdade” sobre o projecto.

Contrariando a afirmação de Psaki, de que com a legislação recentemente aprovada os republicanos diminuíram a percepção de segurança entre as crianças, Harding disse que essa objecção, além de ser uma falsa interpretação da lei, “não tem nada a ver com este projecto de lei”, reiterou a intenção de que os pais tenham “acesso aos registos escolares dos seus filhos com mais facilidade”, além de não permitir que um agrupamento escolar “incentive a discussão em sala de aula sobre orientação sexual ou identidade de género nos níveis primários” e acrescentou: “Não acho que seja controverso dar poder aos pais… queremos garantir que os pais são devidamente informados”.

Entretanto, por cá, a cultura LGBTQIA+ avança de vento em popa, indiferente à quantidade de crianças que, confusas quanto à sua identidade e sexualidade, enchem os consultórios de psicólogos e psiquiatras.


A ideologia de género, que começa a ser combatida no país onde tudo começou, ameaça continuar a causar vítimas neste país à beira-mar plantado, que insiste em importar modas e apostar em políticas identitárias desconstrutivistas, que só abusam e confundem mentes infantis que não têm a mínima capacidade para se defenderem de ideologias de adultos perversos.

A quem interessa, que crianças de tão tenra idade saibam tudo sobre sexo?

A quem interessa, que crianças tão pequenas saibam tudo sobre transgenerismo, bissexualidade, homossexualidade, pansexualidade, e todos os cerca de 114 géneros que os ideólogos inventaram?

A quem interessa, incutir na mente das crianças que podem ser tudo o que quiserem – homens, mulheres ou outros - quando nunca será assim?

A quem interessa, erotizar e sexualizar crianças tão pequenas?



quinta-feira, 10 de março de 2022

A ex-soldado Scot Thompson exibiu o pénis e usou um brinquedo sexual em público deixando os espectadores chocados

 



A  ex-soldado Scot Thompson, nascida em Glasgow, que se mudou para a área de Teesside em 2011, foi colocada no registo de criminosos sexuais por abusar de uma menina menor de idade.

Uma predadora sexual, nascida em Glasgow, admitiu ter exposto o seu pénis, usado um brinquedo sexual e ter-se masturbado em público.

De acordo com o Tribunal: Chloe Thompson cometeu actos "grosseiramente ofensivos" à luz do dia e à frente de um público chocado.

A certa altura, três crianças viram a ex-soldado a expor-se e a simular o acto sexual à janela da sua casa, relata o TeesideLive.

Thompson deveria ser julgado no Tribunal de Magistrados de Teesside na manhã de terça-feira, mas deu-se como culpada pouco antes.

Os seus últimos crimes foram cometidos a 13 de Agosto do ano passado em Cromer Street e Wellesley Road, Middlesbrough. Um casal viu-a a masturbar-se num beco de Wellesley Road por volta das 15:45h daquele dia.

Liz McGowan, promotora, disse que "o réu estava a mover-se para a frente e para trás contra um contentor do lixo" antes de ser visto a usar um brinquedo sexual em si mesma. Na época, usava "uma peruca preta mal ajustada, uma saia rodada e um top. Ela fugiu quando as testemunhas gritaram.

Thompson também foi visto a expor-se na Cromer Street, onde morava na época do crime. Uma testemunha afirmou ter visto "um homem vestido de mulher a levantar e brincar com o seu pénis".

Outra testemunha disse ter visto "um homem" parado no pátio de uma casa "debruçado sobre o portão do jardim, a simular o acto sexual e a olhar para o grupo como se quisesse certificar-se de que eles estavam a ver".

No mesmo dia, uma mulher passava com as suas netas, que na época tinham 10, 11 e 14 anos, no carro, e uma delas gritou: “Olhe para aquela senhora!”

A avó disse que viu "um homem parado à janela a expor-se e a fazer movimentos para a frente e para trás com os quadris." Ms. McGowan acrescentou: "As ofensas foram realizadas à luz do dia e à frente de crianças que passavam.”

Este é o relato que nos chega de Glasgow, e que pode confundir qualquer pessoa menos atenta. É evidente que não existe uma ela e sim um ele. O predador sexual é do sexo masculino, mas identifica-se como mulher e, portanto, de acordo com as políticas de género impostas à sociedade “é uma mulher”.

Há uns anos, quando falei na TVI sobre os perigos de homens biológicos usarem e abusarem das leis de género para entrar em casas de banho e balneários femininos e abusar de mulheres, fui insultada e descredibilizada por “especialistas” LGBTQIA+. Mas, o facto é que me baseava em diversos relatos e não em suposições. Eis um dos relatos:

Já em 2018, Karen White, de 52 anos, estava presa preventivamente por violar duas mulheres e já havia respondido antes por abuso sexual infantil. Crimes esses, cometidos quando ainda se declarava homem e se chamava Stephen Wood.

Entretanto, aproveitando as leis impostas pelas políticas identitárias, mudou de identidade e foi acusada de ter violado quatro prisioneirasnuma prisão para mulheres em Inglaterra - para onde foi transferida depois de se declarar transgénero, ou seja, uma pessoa que nasceu homem, mas que “mudou de identidade” - para ser preso numa prisão feminina - e que viu o sistema penitenciário do Reino Unido adoptar as recomendações das políticas de género.

Já este ano, dados divulgados por ministros do Reino Unido deram conta de sete agressões sexuais cometidas por homens biológicos presos como mulheres trans em prisões femininas.

Independentemente da notícia do The Herald  desvalorizar o número de mulheres abusadas por homens biológicos, num lugar onde estes não deviam estar, o facto é que cinco homens, que se autodeterminaram mulheres, perpetraram sete ataques contra mulheres na prisão.

Onde andam as feministas, que não se manifestam contra estes abusos?

Quem protege as mulheres desta agenda política agressiva?

Está a chegar o tempo em que os homens enlouquecerão, e quando virem alguém que não está louco, atacá-lo-ão, dizendo: Tu estás louco. Tu não és como nós.

 


terça-feira, 8 de março de 2022

Escola: crianças [de 6 anos] que não conseguem entender a fluidez de género devem ser vistas como 'transfóbicas'

 



No Reino Unido, onde foi ordenada uma investigação devido ao facto de tantas meninas estarem a identificar-se como meninos e quererem “mudar de sexo”, onde o número de pessoas encaminhadas para tratamento de redesignaçãosexual aumentou mais de 4.000% [sim, leu bem, QUATRO MIL por cento] em menos de uma década - dados oficiais mostram que o número de meninas que procuram mudar de sexo aumentou de 40 em 2009/10 para 1.806 em 2017/18 e há evidências de que essa tendência está a acontecer noutros países - não deveria surpreender que uma Escola tenha dito aos pais de uma criança de seis anos que todas as crianças que não conseguem entender ou aceitar que um colega é ‘de género fluído’ devem ser vistas como 'transfóbicas'.

Os pais da criança visada terão entrado em contacto com a escola porque o seu filho estava confuso devido ao facto de um colega – que supostamente se identifica como “género fluido” – mudar a sua aparência de dia para dia.

Segundo o The Times, a escola enviou uma carta aos pais - que são cristãos - na qual dizia que os alunos da escola seriam vistos como "transfóbicos" caso mostrassem "incapacidade de acreditar que uma pessoa transgénero é realmente uma mulher 'real' ou um macho", que “sentimentos de desconforto e incapacidade de confiar ou de se relacionar com alguém com base no seu status transgénero”, bem como a recusa de um aluno em usar o “nome adoptado” por um colega de classe e o uso de “pronomes impróprios de género” também lhes valeria o rótulo de transfóbicos.

Os pais das duas crianças – Sally e Nigel Rowe – expressaram a sua descrença sobre a posição da escola e as diretrizes em vigor ao The Times:

“Eu não penso que uma criança de seis anos tenha capacidade consciente de descobrir isso, especialmente se a criança for de género fluido. E a carta [da Escola] também dizia que nós, como pais, seríamos considerados transfóbicos se não aceitássemos essa posição.”

Os pais da confusa criança de seis anos já receberam permissão para contestarem judicialmente o Departamento de Educação, que divulgou directrizes pró-trans para as escolas aconselhando-as a tomarem medidas contra a “transfobia”.

Nessas directrizes, há uma recomendação para que as escolas não respondam a perguntas da imprensa sobre questões trans e reconheçam que os pais, que não são “favoráveis” à transição dos seus filhos, podem ter o seu consentimento para o processo ignorado. Ainda de acordo com as directrizes: “Um pai ou responsável pode não ser a pessoa mais favorável ou apropriada para ajudar o jovem na transição. Pode não ser necessário que os pais ou responsáveis forneçam permissão para um aluno ou aluno trans tomar medidas para a transição.”

A ONG Mermaids, que foi acusada de usar intimidação e chantagem para pressionar a terapia hormonal (que compromete a fertilidade) em crianças, é mencionada nas directrizes da Escola como fonte de apoio externo às crianças.

Até ao momento, o menino de seis anos e o seu irmão mais velho – que também teve dificuldades em relação a elementos transgéneros entre os seus colegas – foram retirados da escola, e os pais, apesar de terem alguns pais a apoiá-los em segredo (por medo de represálias), têm sido alvo de bulliyng por parte de algumas pessoas da sua comunidade.

Este nível de activismo político numa escola é deveras perturbador. A Escola devia preocupar-se com o ensino e não com doutrinação e activismo político.

Como é que a Escola pode ensinar biologia ao mesmo tempo que nega essa mesma biologia?

As evidências científicas não se compadecem da ideologia e estudos encomendados não mudam a verdadeira ciência.

Para que os pais continuem a confiar os seus filhos à Escola, esta deve ater-se aos factos e não a promover agendas políticas extremistas.

Como é que os pais podem estar seguros de que a Escola não agirá nas suas costas relativamente aos seus filhos?

Por que é que os estudos que dão conta da quantidade de pessoas que se arrependem da transição [de “mudar de sexo”] continuam a ser ignoradas pela Escola e pelas Associações LGBTQIA+?

Por que se continuam a ignorar as mais de 6500 diferenças entre homens e mulheres, em nome de uma ideologia que trata meninos e meninas como folhas em branco, que serão preenchidas depois de serem orientadas pela Escola na busca por uma identidade? 

Por que não se deixam crescer as crianças sem as incentivar a “mudar de sexo”, quando há dados científicos que revelam que a maior parte dos casos de disforia de género se resolve à medida que elas passam pela puberdade, e que o mais provável é que uma criança diagnosticada com disforiade género cresça e se identifique com o sexo com que nasceu? 

Por que se esconde das pessoas que as pessoas que sentem ser de outro sexo têm mais problemas de saúde mental?

A quem interessa a imposição desta ideologia totalitária?



quarta-feira, 2 de março de 2022

E tu? És democrata?

 Não respondas antes de ler!




Desde que percebi que a Alemanha comunista era a democrática, que a palavra "democracia" é a mais usada por socialistas e comunistas, que são os democratas que tudo fazem para que a cultura da morte - aborto, eutanásia e ideologia de género - avance nos EUA... não me sinto confortável com os termos democracia e democrata... Se "ser democrata" é defender o que esses democratas e essa democracias defendem... eu não sou democrata.

Então, ontem, li estas palavras: "Democracia significa igualdade ... A democracia tem enorme importância para a classe trabalhadora na sua luta contra os capitalistas para a sua emancipação. Mas a democracia de maneira alguma é um limite que não possa ser transposto; é apenas um dos estágios no caminho do feudalismo ao capitalismo, e do capitalismo ao comunismo." (Lenine. The State and Revolution, cap. 5 S 2).

#vaideretro

Lenine usava a palavra democracia da mesma forma que os esquerdistas e os progressistas a disparam por aí hoje em dia como um vago sinónimo de "igualdade".

Para eles, "democracia" pode significar qualquer coisa, de "igualdade no casamento" para pessoas do mesmo sexo até um ordenado mínimo garantido pelo governo a todos os que não trabalham, igualdade racial e "transgénero", e qualquer outro cavalo de batalha que a esquerda tem vindo a armar para transformar a sociedade.

Assim, o significado da palavra "democracia" muda conforme o processo da revolução e, em algum momento, deixará de ser precisa.



terça-feira, 1 de março de 2022

Livros proibidos

 



"A minha censura é melhor do que a tua!"

É o que penso quando leio o título desta notícia: “Livros proibidos: o que está a acontecer nas escolas dos EUA?”

A indignação parece assaltar a autora da notícia ao ver obras como “All Boys Aren’t Blue”, “Gender Queer”, “O Conto de uma Aia” ou até “Maus: a história de um sobrevivente” na lista de livros que os pais exigem que sejam retirados das bibliotecas das escolas, por, alega, abordarem temas de sexualidade, identidade sexual ou de género.

Convenhamos que os livros que os pais desejam ver fora das bibliotecas das escolas, nos EUA, tirando “Maus – A História de um sobrevivente” cujo tema e conteúdo me parece ser de leitura obrigatória para todos – a fim de que o holocausto nunca se repita - são livros de cariz puramente ideológico, com imagens pornográficas e palavrões, impróprios para menores de idade, que têm provocado imensa confusão na mente dos mais novos e que têm vindo a fazer disparar o número de crianças confusas quanto à sua identidade/sexualidade.

January Littlejohn, mãe de três filhos, mora em Tallahassee, Flórida, e a sua confiança na escola foi completamente destruída quando a sua filha de 13 anos confessou ter feito um acordo com a escola, sem conhecimento dos pais, para iniciar a sua “ transição de género”. Em guerra aberta com a escola, ela alertou os outros pais: "Se esperarem que a ideologia de género chegue às vossas casas, será tarde demais. Devemos agir. A ideologia de género quase destruiu minha família."

A mãe de três filhos descreve o processo infernal desencadeado nas suas costas, mediante o qual a sua filha – que nunca havia demonstrado qualquer sinal de estar confusa quanto à sua sexualidade - pôde iniciar, protegida pela lei (cá, é a Lei 38/2018), a sua transição de género. Tudo começou antes da pandemia, quando o grupo de amigos da adolescente “estava obcecado com coisas relacionadas à comunidade LGTBQIA+”.

Convém lembrar que a ideologia do género já foi implementada nos currículos escolares dos EUA há anos e que, em 14 Estados, cresce um movimento de pais que exige a retirada de livros que destroem a percepção e bom senso das crianças.

Gender Queer? Para crianças?

A teoria Queer é a base da ideologia de género. Promove areorientação sexual e a desconstrução da heterossexualidade, ou seja, dafamília. Queer é uma expressão que provém do inglês e designa aquelas pessoas que não seguem os padrões da heterossexualidade ou o binário de género: homem e mulher. Inicialmente, era uma gíria inglesa que designava “pessoa estranha, meio esquisita”. Depois, passou a ser empregada para representar “gays”, lésbicas, bissexuais, transgéneros ou transsexuais. Actualmente é usada para referir o estudo da orientação erótica e identidade sexual ou de género dos indivíduos como o resultado de uma construção social e não decorrente do nascimentobiológico.

Os pais americanos querem proteger os seus filhos do ensino do género como uma 'construção social', que incute nas crianças que “homem, mulher e família, pai e mãe, sexualidade e fertilidade não são conceitos naturais, mas que apenas determinam a hegemonia dos homens sobre as mulheres e da heterossexualidade sobre todas as outras formas de sexualidade.”[1] 

No estado do Oklahoma, por exemplo, um projecto de lei pretende proibir - nas escolas - todos os livros que abordem sexualidade, identidade sexual ou de género. Na Carolina do Sul, o governador pediu que se investigasse a presença de “materiais “obscenos e pornográficos” – e deu como exemplo o livro “Gender Queer”.

“Quem quer proibir livros nas escolas e porquê?” – Pergunta a autora.

E eu pergunto: Onde estava a indignação da autora quando “Escolas queimaram livros do Astérix e do Tintin por ofensa a indígenas no Canadá”? Onde está a sua indignação quando a “Disney cede a críticas e exclui anões daBranca de Neve”?

Eu li os livros do Asterix e do Tintin e não percebi que houvesse ofensas a ninguém. Os anões da Branca de Neve? Ofensa a pessoas anãs? Desde quando? Os militantes da cultura do cancelamento podem censurar, mas não admitem ser censurados?

Nos EUA há cada vez mais pais a unir-se contra a ideologia de género e a teoria crítica da raça nas escolas. O republicano Glenn Youngkin fez das escolas, e particularmente do seu controlo parental, o seu assunto final para vencer o democrata Terry McAuliffe na disputa para governador da Virgínia. Entre Setembro e Outubro, o peso da educação subiu 9 pontos passandoa ser a principal questão para os eleitores. Os pais queriam ter mais influência nas escolas e venceram. Em Nova Jersey, o republicano Jack Ciattarelli também se levantou contra o ensino da teoria crítica sobre a raça nas escolas e quase derrotou o democrata Phil Murphy. Entre os pais que se têm levantado contra a sua expropriação da educação dos filhos está o “No Left Turn in Education” – “Não virem a educação à esquerda” – que considera que estes e outros livros “são usados para espalhar ideologias radicais e racistas entre os estudantes“, cita o The New York Times.

Não defendo que se censurem livros, mas defendo que há livros que são prejudiciais para crianças e que estas não devem ser confundidas e erotizadas com práticas sexuais de adultos. As crianças não devem ser constantemente assediadas com conteúdos sexuais, e a escola não pode interferir com o direito dos pais escolherem a educação que dão aos filhos. Se há pais que querem que os seus filhos tenham acesso livre a obras como “All Boys Aren’t Blue” e “Gender Queer”, que as adquiram e ofereçam aos filhos.

Os direitos dos pais devem ser fundamentais para a protecção e segurança dos filhos. As escolas devem voltar a ser instituições de ensino e não linhas de montagem de doutrinação política/ideológica.

A educação das crianças não pode ser determinada por políticas influenciadas por ideólogos como Judith Butler, omnipresente nos guiões e manuais de género e cidadania, que decidiu que “não existem homens nem mulheres, que o sexo biológico é uma fantasia, algo em que só acreditamos porque nos foi repetido com frequência, que o género não está associado ao sexo biológico, que não desempenha nenhum papel – apenas surge porque foi criado pela linguagem e porque as pessoas acreditam no que ouvem repetidamente - que toda a identidade é fluída, que não há masculino nem feminino, mas apenas um determinado desempenho, ou seja, um comportamento que pode ser alterado a qualquer momento.” 

Isto, claro, sempre que não inclua um regresso à heterossexualidade. Isso, definitivamente, é que não.

Termino com as palavras de C. S. Lewis:

«O poder do homem para fazer de si mesmo o que bem entender significa, como vimos, o poder de alguns para fazer dos outros o que bem entenderem.»

 




[1] Judith Butler, Bodies That Matter, Nova Iorque, Routledge, 1993, 21.


#somostodosMiguelMilhão