Os activistas LGBTQIAP+ (P? Não param de adicionar novas
letras?), numa atitude totalitária, política e ideológica, ao serviço das
esquerdas radicais, querem limitar a prática clínica enviesando as intervenções
dos profissionais de saúde sem se preocuparem minimamente com a saúde e o
bem-estar de pessoas que se encontram em sofrimento.
Exigir que pessoas, cooptadas pela comunidade LGBTQIAP+, não
possam ser acompanhadas caso procurem ajuda para esclarecer a sua orientação
sexual, não é uma violação contra os direitos dessas pessoas?
Se uma pessoa, que sempre viveu e agiu como heterossexual,
procurar ajuda de um profissional de saúde porque sente que, afinal, é
homossexual, pode.
Mas, se for ao contrário, se procurar ajuda de um
profissional de saúde, porque nunca se sentiu bem com a sua orientação
homossexual e deseja ser heterossexual, não pode?
Afinal, se existe o género fluído, se alguém pode ser hétero
ao almoço, homo ao jantar e bi à ceia, por que se negam a todas as pessoas os
mesmos direitos?
Requerer que as designadas pessoas LGBTQIA+ não possam ser
aconselhadas a identificar-se com o sexo com que nasceram e a aceitar a sua
sexualidade natural, não é impedi-las de exercer livremente os seus direitos?
Alguém acredita que perseguir e limitar a actuação de
profissionais de saúde, em nome de uma ideologia que nada tem de científica, é
o caminho a seguir?
Comparar a cor da pele à orientação sexual, como faz a ILGA, para afirmar que ninguém proporia a uma pessoa que sofresse de racismo, que
mudasse a cor da pele, ignora que a cor da pele não é fluída e que a atracção
sexual, de acordo com a mesma ILGA, pode sê-lo.
Outro grande erro do activismo LGBTQIAP+ é confundir orientação
sexual com transexualismo. É absurdo e muito, muito perigoso para quem sofre de
disforia de género.
Ora, a 17 de Maio de 1990 a Organização Mundial de Saúde
(OMS) retirou o “homossexualismo” do CID-10. A partir de então substituiu-se o
referido termo por “homossexualidade”, uma vez que no contexto médico o sufixo
“ismo” remete à doença. A partir daí, além da liberdade e da ética
profissionais a que todos os profissionais são obrigados, existem directrizes
de como obrigar profissionais de saúde a comportarem-se num contexto clínico
com estas pessoas. É que as pessoas, antes de serem LGBT, são pessoas e todos
têm de ser tratados de igual modo, profissional e ético.
Mas, vejamos, quiseram tirar a transsexualidade do manual de doenças internacional,
fizeram-no, mas depois perceberam que deixava de ser possível dar hormonas,
fazer cirurgias e outras intervenções, ou seja, a realidade impôs-se e a
OMS teve que criar a nova categoria
de 'saúde sexual' para incluir os cuidados e intervenções de saúde a pessoas
transexuais.
A prova de que tudo isto é ideologia política é que retiraram
do meio médico e psicológico a possibilidade de as pessoas tomarem essas decisões
num meio protegido e adequado, o clínico.
Ou seja, permitiram, através de leis, que qualquer pessoa possa
mudar de sexo e de nome no registo civil sem sequer ser avaliada por profissionais
de saúde. Depois, podem ir aos clínicos exigir cirurgias estéticas e hormonas. Os
profissionais de saúde que que se recusarem a fazê-lo poderão ter sérios problemas,
tal é a força destes lobbies.
Todos percebemos as implicações de segurança para estas
pessoas, que até podem ter estas ideias devido a alguma doença mental
(Ex.psicose) ou até fisica (tumor cerebral, hipogonadismo).
Por isso, usar os poucos relatos existentes em Portugal para
proibir que os profissionais de saúde possam ajudar quem os procura, sabendo
que num deles só foi ouvida a parte que interessa à narrativa – um activista
LGBTQIAP+ - que mentiu sobre os factos, e ignorar casos como o de Keira Bell,
que foi apoiada pelo serviço de desenvolvimento de identidade de género (GIDS)
do “SNS” Inglaterra para crianças, começou a tomar bloqueadores da puberdade
quando tinha 16 anos e que, aos 24, arrependida da decisão que tomara, percebeu
que tinha sido influenciada por tudo o que a rodeava e pelas assistentes
sociais, e resolveu processar o serviço que lhe aconselhara a transição,
não é sábio.
Em documentos legais recém-divulgados, um especialista global
em autismo alertou que meninas autistas ou anoréxicas parecem mais propensas a
dizer que querem tornar-se meninos. A evidência foi provada pelo professor
Christopher Gillberg na Suprema Corte e levou a uma decisão histórica segundo a qual crianças menores de 16 anos não seriam capazes de dar
consentimento informado para se submeterem a tratamento com drogas
“experimentais” bloqueadoras da puberdade, o que quase sempre leva a tomar hormonasdo sexo cruzado para mudar os seus corpos.
Infelizmente, como já escrevi, a questão dos transgéneros tornou-se
política, envolta em questões de políticas identitárias e bandeira de
movimentos LGBTQIAP+, e isso tornou perigoso levantar questões ou dúvidas sobre
as transições médicas de género em crianças. Alguns profissionais de saúde, que
tiveram coragem para o fazer, foram difamados e correram o risco de ver as suas
carreiras chegarem ao fim.
No Tavistock, os profissionais só fornecem “cuidado
afirmativo de género”. Na prática, isso quer dizer que quando uma criança
declara a sua vontade de “mudar de sexo” o seu desejo é imediatamente aceite e
conclusivo. O cuidado afirmativo está a ser imposto e adoptado como modelo em
muitos países.
Mas, ex-praticantes de Tavistock citaram diversos problemassofridos pelas crianças que procuraram ajuda,
como abuso sexual, trauma, abandono dos pais, homofobia na família ou na
escola, depressão, ansiedade, estar no espectro do autismo, ter TDAH. Essas
questões profundas, e como elas podem estar ligadas a sentimentos de disforia,
muitas vezes foram ignoradas em favor de tornar a transição a solução para
todos os fins.
Como a Suprema Corte descobriu – durante o julgamento do caso
de Keira Bell - grande parte do tratamento que a clínica oferece não é baseado
em evidências sólidas. Na época em que o caso de Keira foi aceite, o NHS afirmava
que os efeitos dos bloqueadores da puberdade eram “totalmente reversíveis”.
Mas, recentemente, o NHS deu o dito por não dito e reconheceu “que 'pouco se sabe sobre os efeitos colaterais a longo prazo' no
corpo ou no cérebro de um adolescente”. Isso não os impediu de prescrever
medicamentos a pessoas como Keira.
O Dr. Christopher Gillberg, professor de psiquiatria infantil
e adolescente da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e especialista em
autismo, foi uma das testemunhas no caso. Na sua declaração ao tribunal, Gillberg
disse que, ao longo dos seus 45 anos de tratamento de crianças com autismo, era
raro ter pacientes com disforia de género – mas os números dispararam em 2013,
e a maioria eram meninas biológicas. Gillberg disse ao tribunal que o Tavistock estava a usar as crianças como cobaias.
Os activistas podem gritar que estou a tentar tirar os
direitos trans, que as crianças sabem o que é melhor para elas e para os seus
corpos, e que estou a arruinar a vida dessas crianças.
Mas estou focada no que é melhor para crianças confusas e angustiadas.
Muitas meninas estão a fazer a transição porque estão a sofrer problemas de
saúde mental, traumas, abusos, etc.. Tenho lido muitos relatos de pessoas que acreditaram que a transição resolveria todos os seus problemas e que se arrependeram… Tarde
demais.
É isso que queremos para as nossas crianças?
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