segunda-feira, 25 de abril de 2022

A unidade familiar será abolida

 


Antes de mais, quero deixar claro que não acredito que todos os homossexuais se revejam no texto que aqui partilho. A maior parte dos que conheço, abominam o movimento "lgbtetc." e não se revê em nada daquilo que o movimento promove.

Depois de, em 2000, conseguirem que a idade do consentimento sexual baixasse nestes países: Reino Unido[1] (16 anos), Canadá[2] (14 anos), Suécia (15 anos), França (15 anos), Alemanha, Gronelândia, Itália, San Marino e Eslovénia (14 anos), Espanha, Malta e Portugal[3] (12 anos), e que crianças, que ainda não haviam atingido a puberdade, pudessem dar consentimento para homens mais velhos abusarem delas sexualmente, surgiu uma ameaça ainda mais chocante de assédio às crianças.

Um artigo escrito por Michael Swift[4], que trabalhou para uma publicação chamada Gay Community News, escrito em 1987, foi lido durante um congresso pelo congressista William Dannemeyer, que também o incluiu no Registo do Congresso. Eis um pequeno excerto:

“Vamos sodomizar os vossos filhos, emblemas da vossa frágil masculinidade, dos vossos sonhos superficiais e mentiras vulgares. Vamos seduzi-los nas escolas, nos dormitórios, nos ginásios, nos vestiários, nos desportos, nos seminários, nos grupos de juventude, nas casas de banho dos cinemas, nas casernas do Exército, nas paradas de camiões, nos clubes masculinos, nas casas do Congresso, onde quer que homens fiquem junto com homens. Os vossos filhos tornar-se-ão nossos subordinados e cumprirão as nossas ordens. Serão refeitos à nossa imagem. Vão ansiar por nós e adorar-nos.

Todas as leis que proíbem a actividade homossexual serão revogadas. Em vez disso, serão expedidas leis que produzam o amor entre homens. Todos os homossexuais devem unir-se como irmãos; devemos unir-nos artística, filosófica, social, política e financeiramente. Só triunfaremos quando apresentarmos uma face comum para o odioso inimigo heterossexual.

A unidade familiar — campo crescente de mentiras, traições, mediocridade, hipocrisia e violência — será abolida. A unidade familiar, que só refreia a imaginação e reprime o livre-arbítrio, deve ser eliminada. Meninos perfeitos serão concebidos e criados em laboratórios genéticos. Vão unir-se num ambiente comunitário, sob o controle e instrução de cientistas homossexuais.

Todas as igrejas que nos condenam serão fechadas. Os nossos únicos deuses são jovens bonitos. Aderimos a um culto de beleza, moral e estética. Tudo o que é feio, vulgar e banal será aniquilado. Desde que estamos afastados das convenções heterossexuais da classe média, temos liberdade para viver de acordo com os ditames da pura imaginação. Para nós, demais não é suficiente.

Seremos vitoriosos porque estamos cheios da amargura feroz dos oprimidos, forçados a desempenhar partes aparentemente diminutas nos vossos tolos espectáculos heterossexuais por meio das idades. Nós também somos capazes de disparar armas e guarnecer as trincheiras da revolução final.

Trema, porco hetero, quando aparecermos diante de si sem máscaras.”

Lembrei-me disto, a propósito das fichas 97/98 do PRESSE[5], um questionário apresentado a alunos do 3° ciclo (13/15 anos), que causou grande reboliço nas redes sociais e que só foi denunciado devido ao facto de um aluno, numa escola do Norte de Portugal, se ter recusado a  responder e ser penalizado por isso. O questionário em questão, da área da “educação sexual” pertence a uma série de “propostas pedagógicas” com objectivos bem definidos.

Claro que não tardaram a “ouvir-se” as vozes em defesa da “descontextualização” do questionário, que, supostamente, apenas colocava aos alunos perguntas que, supostamente, seriam feitas com frequência a homossexuais.

Ora, é suposto que todos, na escola, saibam qual a orientação sexual de todos os alunos?

E se houvesse alunos homossexuais a terem que responder àquele questionário? Teriam que “sair do armário”? E os de género fluído? Como responderiam?

Não me vou deter nas perguntas, pois o Observador publicou um texto magistral, da autoria do Alberto Gonçalves [6], que foi muito claro quanto às intenções do questionário e terminou respondendo a cada uma, mas sim nas “boas intenções” reivindicadas por uns e outros após a publicação de ambos os casos.

Então, o primeiro comentário que recebi, quando partilhei o texto do Michael Swift, foi este:

«Esqueceram-se da primeira frase do texto: "This essay is an outré, madness, a tragic, cruel fantasy, an eruption of inner rage, on how the oppressed desperately dream of being the oppressor." Contexto é importante.»[7]

Traduzindo: "Este ensaio é uma loucura, uma fantasia trágica e cruel, uma erupção de raiva interior, sobre como os oprimidos sonham desesperadamente em ser o opressor".

Ou seja, o contexto no qual a raiva interior deles, dos "oprimidos" (que desejam desesperadamente ser os opressores!?) irrompe, é a desculpa para a “profecia” (permitam-me chamar-lhe assim) exposta em toda a sua malignidade naquele Congresso... Sem dúvida, um contexto recheado de raiva e ódio.

E a pergunta, politicamente incorrecta, é:

A loucura, o ensaio, a fantasia trágica e cruel – lida no Congresso dos EUA - não ganharam espaço e não se tornaram a realidade “normal” dos nossos dias?

Ok! A família ainda não foi totalmente abolida, as crianças ainda não são todas feitas em laboratório, as igrejas ainda não foram todas fechadas, tudo o que é feio, vulgar e banal está a ser elevado e promovido, e os “raivosos” ainda não começaram a disparar armas de fogo… Mas, entretanto, a cultura lgbt continua a ser brutalmente imposta, não só à Escola, mas a toda a sociedade. O ensaio deixou de ser uma loucura, uma fantasia trágica e cruel, uma erupção de raiva interior, ganhou uma bandeira e tem vindo a subverter a realidade natural e biológica do sexo. Os que se diziam "oprimidos" passaram a oprimir todo aquele que não se verga à cultura "lgbtetc." e a incutir nas mentes mais jovens que a heterossexualidade é uma imposição do "patriarcado machista opressor" (figura inventada pelo feminismo) e que não há nada mais libertador do que libertar-se dessa "opressão" e ser qualquer um dos outros 114 géneros. Para isso, claro, é preciso desconstruir a educação que as crianças recebem na família e até os seus instintos naturais (e eu seu sei que, infelizmente, cada vez mais pais delegam a educação dos seus filhos a terceiros) e usar a Escola para "forma[ta]r a identidade" dos filhos dos outros. É para isso que servem os manuais e guiões de "género" (é de sexo que se trata), para professores.

Quanto ao questionário do PRESSE e à desculpa de ser um exercício de empatia, alguém acredita que é necessário passar por uma experiência para entender o sofrimento que ela implica?

O médico precisa ficar doente para entender a doença? O psicólogo precisa passar por uma depressão para ajudar um paciente deprimido?

Não se está a forçar uma revolução cultural que passa por uma visão contranatura da pessoa humana?

Sem dúvida, «A anarquia sexual assumiu formas extremas e espalhou-se por grande parte da população. Lado a lado com o aumento da perversão sexual, uma vergonhosa promiscuidade sexual também aumentou muito. A educação de membros da mesma família, como relações entre pai e filha [8][...] filho e mãe [9][...] já não são desconhecidos. Os autores [contemporâneos] enfatizam de forma especial casos como o relacionamento sexual de um homem com duas irmãs [10] ou com mãe e filha [11]. [O adultério, o estupro e a prostituição aumentaram significativamente] O amor homossexual passou a fazer parte do costume das pessoas. Os autores contemporâneos parecem deleitar-se sadicamente ao enumerar uma infinidade de torpezas e perversões sexuais. Descrevem todas as aberrações do erotismo mórbido, com a despudorada serenidade do descaso: violação, relações sexuais anormais, tortura e sodomia.» (Pitirim A SOROKIN, The american sex revolution, Boston: Porte Sargent Publisher, 1956, p. 93)

Soa-lhe familiar? Mais actual do que o último Star Wars?

Contudo, esse texto foi redigido há 4500 anos, quando o reino do Antigo Egipto desmoronava.

Novo? Moderno? Tolice!


[1] NELLAN, Terence, "World Briefing", New York Times, 2 de Dez. de 2000, p.5 (A).

[2] "Context AffecTs Age of Consente", Montreal Gazette, 1 de Dez. de 2000, p.2 (A).

[3] IZENBERG, Dan, "Age of Consent for Homossexual Relations Lowered", Jerusalem Post, 2 de Nov. de 2000, p. 3.

[4] SWIFT, MIchael, "Goals of the Homossexual Movement", Gay Community News, 15-21 de Fev. de 1987

[5] http://aeesgueira.edu.pt/attachments/article/45/Caderno_Ed_Sexual_3_Ciclo_OFICIAL.pdf?fbclid=IwAR10Mrji0_dWIhTiS8H9KV32YUZhZg3V3BWvmCfG2-YQO27dytmQNLhAcF4

[6] https://observador.pt/opiniao/tudo-sobre-a-minha-heterossexualidade/

[7] https://diganaoideologiadesexo.blogs.sapo.pt/a-unidade-familiar-sera-abolida-26275?thread=4259#t4259

[8] https://revistamarieclaire.globo.com/Web/noticia/2015/01/menina-de-18-anos-se-prepara-para-causar-com-seu-proprio-pai-apos-dois-anos-de-namoro.html

[9] https://noticias.r7.com/hora-7/mae-se-casa-com-os-proprios-filhos-e-pode-enfrentar-10-anos-de-prisao-nos-estados-unidos-16062018

[10] http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI304426-17729,00-PAI+DE+FILHOS+E+CASADO+COM+DUAS+IRMAS+GEMEAS+E+UMA+PRIMA+DELAS.html

[11] https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/detido-por-estar-casado-com-mae-e-filha-ao-mesmo-tempo

quarta-feira, 20 de abril de 2022

“Quem controla a Escola governa o mundo”




Uma das ferramentas mais úteis da busca pelo poder é o sistema educacional.[1] A Torá (ou Antigo Testamento) ordena ao povo de Deus que ensine as crianças no caminho em que deviam andar, os Jesuítas tinham uma máxima: “Dêem-me uma criança até aos 7 anos e farei dela meu discípulo para o resto da vida.”, de Karl Marx a Adolf Hitler, do humanismo secular ao islamismo radical, para o bem e para o mal, a educação sempre foi usada como instrumento de mudança.

Em 1921, Alessandra Kollontay, feminista radical, comunista, escreveu o livro “Família e comunismo”[2], cujas “profecias” se tornaram realidade no dia-a-dia de todos nós. Sob a capa da defesa da mulher, ela propunha:

Chegará um dia, mais cedo ou mais tarde, em que a mulher trabalhadora não terá que se ocupar do seu próprio lar. Na Sociedade Comunista de amanhã, esses trabalhos serão realizados por uma categoria especial de mulheres trabalhadoras dedicadas unicamente a essas ocupações. […] Portanto, vemos que as […] tarefas domésticas que ainda pesam sobre a mulher dos nossos tempos desaparecerão com o triunfo do comunismo. A mulher trabalhadora não terá do que reclamar porque a sociedade comunista terá acabado com o jugo doméstico e tornará a sua vida mais alegre, mais rica, mais livre e mais completa.

Só que, como todos sabemos, não foi o “triunfo do comunismo” – que se revelou o maior fracasso da História - que nos facilitou as tarefas domésticas, mas sim com o triunfo do capitalismo, sobre o comunismo, em finais do século XX, com a revolução tecnológica e a descida de preços dos electrodomésticos que emancipou a mulher de um sem-número de tarefas: hoje, podemos lavar a roupa e a loiça sem sequer molhar as mãos, aspirar o chão com a ajuda de um aspirador, cozinhar com a ajuda de um sem-número de electrodomésticos, que tanto nos facilitam a vida e a tornam mais leve, alegre, rica, livre e completa e, claro, também ajudam o homem a envolver-se nas tarefas domésticas.

Mas, como Kollontay, que havia abandonado o seu filho para se dedicar à militância comunista, percebeu, era preciso «lidar com o problema dos filhos.» Para isso, ela propunha que o Estado dos Trabalhadores (o estado comunista) acudisse em auxílio da família, substituindo-a gradualmente para que, finalmente, a Sociedade [colectividade] tomasse conta de todas aquelas obrigações que antes recaíam sobre os pais.

Assim, à medida que desaparecessem, um a um, os trabalhos domésticos da família, todas as obrigações de sustento e criação dos filhos seriam desempenhadas pela sociedade [Estado] e não pelos pais. Alessandra prossegue:

«Já existem casas para as crianças em fase de amamentação, creches, jardins de infância, colónias de férias e lares para crianças, enfermarias e postos de saúde para os doentes ou para pessoas que precisam de cuidados especiais, restaurantes, refeitórios gratuitos para os estudantes nas escolas, livros de estudo gratuitos, roupas e calçado para as crianças dos estabelecimentos de ensino. Tudo isso não é uma demonstração suficiente de que a criança sai do marco estreito da família, e que o peso da sua criação e educação passa dos pais para a colectividade? No que diz respeito à instrução dos filhos, em escolas primárias, institutos e universidades, já se converteu numa obrigação do Estado, inclusive na sociedade capitalista.»

Por outro lado, as ocupações da classe trabalhadora, as condições de vida, obrigam, inclusive na sociedade capitalista, à criação ATL’s, creches, asilos, etc. Quanto mais consciência tiver a classe trabalhadora dos seus direitos, quanto melhor estiverem organizados em qualquer estado específico, tanto mais interesse terá a sociedade no problema de aliviar a família do cuidado dos filhos. […] O homem novo, da nossa nova sociedade, será modelado pelas organizações socialistas, creches, jardins infantis, ATL’s, escolas etc, e muitas outras instituições desse tipo nas quais a criança passará a maior parte do dia e onde educadores inteligentes a converterão num comunista consciente […].

Agora, que já percebemos que o plano “profetizado” por Kollontay está implementado, surge a pergunta: 

Qual é o objectivo do Estado ao tornar obrigatória a disciplina de “Cidadania e Desenvolvimento” e as políticas identitárias?

É fácil. Para manter o socialismo no poder – e depois de converter “direito à educação” na “obrigação de “depositar” as crianças na escola dos 5 aos 18 anos de idade”- os políticos, por meio de leis geradas e aprovadas na AR e do Ministério da Educação, querem FORMATAR a mente das crianças, as criaturas mais vulneráveis da sociedade, que, na escola, ficam desprotegidas, sem a protecção dos pais ou de uma pessoa que as ame de facto, e à mercê de agentes públicos, financiados pelo Estado, para – como escreveram Gramsci e Lenine – dominar a mente das crianças garantindo eleitores para as próximas décadas.

A entrada das crianças na escola, cada vez mais cedo (já se fala nos 3 anos como idade o início da escolaridade obrigatória[3]) evita que elas sejam educadas pelos seus pais, com quem aprendem a fé, princípios e valores da família, ganhem laços afectivos fortes e duradouros, educação e laços, que, anos mais tarde - apesar do ensino escolar as tentar formatar e ainda que durante algum tempo defendam o que lhes é incutido, contra aquilo que os pais lhes ensinaram – acabam por as fazer voltar ao ensino dos pais. Como diz o Sábio em Provérbios cap. 22 vers. 6:

Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.

E, por favor, se respeita a liberdade individual e os direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa, não diga que o Estado é laico e que a religião não é para aqui chamada, porque, “laico” significa um Estado no qual existe liberdade para cada um praticar a sua fé/religião sem que o Estado imponha ao povo uma religião obrigatória. Aliás, o que está a ser promovido e ensinado nas escolas, actualmente, são outras religiões: estatismo, panteísmo, ateísmo, animalismo, etc..

Numa sociedade [des]governada pelo socialismo, o papel da escola como agente político, além de desconstruir a identidade e a sexualidade das crianças e voltar os filhos contra os próprios pais, é roubar a individualidade e a própria identidade das crianças, colectivilizá-las, fazer como que todas pensem da mesma forma – PERFIL DO ALUNO À SAÍDA DA ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA[4] – para serem convertidas  em socialistas [in]conscientes.

Quando o socialismo, violando claramente o Art. 43º .2. da Constituição[5],  domina a mente das crianças consegue eleitores para daqui a duas décadas ou três.

A filosofia da sala de aula desta geração será a filosofia de vida da próxima. Quem controla a Escola governa o mundo.[6]

Mulher que viveu como homem explica como a internet leva os adolescentes a abraçar a ideologia trans

 


Depois de viver vários anos como se fosse um homem, Helena Knowles decidiu reverter todo o processo e voltar a ser o que sempre foi, uma mulher.

Numa conversa com o apresentador do Daily Wire, Michael Knowles,[1] ela revelou que os problemas de auto-estima que teve na adolescência a levaram à Internet onde começou a “devorar” tudo o que lhe aparecia sobre “mudança de sexo”. Aos 18 anos, convencida de que era transgénero, começou a tomar hormonas do sexo oposto, mas, aos 22 anos, parou de os tomar e já não finge ser um homem.

Eis alguns excertos do testemunho dela:  

“Quando tinha 15 anos, estava a passar por um período da minha vida em que não tinha muitos amigos, estava insegura e atormentada com o meu corpo, e isso levou-me a passar muitas horas on-line e, consequentemente, ao blog Tumblr, que promove a ideologia de género. Lá, encontrei muitos incentivos sociais para mudar os pronomes e, para permanecer na comunidade, adoptei a ideologia. Essas comunidades online são muito receptivas e desempenham um papel doentio na vida de uma jovem. Fazem-nos sentir aceites e, como nos queremos encaixar na comunidade, estamos dispostos a fazer tudo para nos adequarmos a esse grupo social.”

Essas comunidades incentivam os jovens a explorar o transgenerismo convencendo-os que os problemas normais de auto-estima na adolescência são sinais de disforia de género.[2]

“Nessas comunidades, há pessoas que nos dizem: não gostar do teu corpo, não gostar de estar com outras meninas, não gostar do som da tua voz numa gravação, são sinais de disforia de género. Como adolescentes, não percebemos o quão universal é não gostar do nosso corpo ou voz.”  

A comunidade aprovou e aplaudiu a decisão de Helena quando ela decidiu começar a usar hormonas e a viver como se fosse um homem.

Por cá, além dos conteúdos ideológicos de género leccionados a partir do pré-escolar,[3] influencers on-line, como os The Guys Cudlle Too,[4] que fazem vídeos para o site oficial de Cidadania e Desenvolvimento, levam adolescentes e jovens a acreditar que nasceram no corpo errado, que precisam “mudar de sexo” e que isso é o “must”. 

Urge evitar que crianças, adolescentes e jovens sejam vítimas do contágio social do transgenerismo, que poderá levá-las a submeter-se a procedimentos clínicos dos quais se poderão arrepender quando forem mais velhas.[5]

Crianças, adolescentes e jovens angustiados, confusos, com dúvidas e conflitos de identidade, não podem continuar a ser alvo de associações lgbtqiap+, radicalizadas, que usam a Escola como centro de recrutamento.

Manipuladores, que recrutam menores fragilizados convencendo-os que as suas insatisfações são resultado de uma orientação sexual contrariada, que só acontece porque são vítimas de uma herança cultural machista e opressora, não podem continuar a ter via verde para engrossar as suas fileiras.

As políticas identitárias têm vindo a desconstruir, desestabilizar e confundir a identidade sexual binária.  Desde a mais tenra idade, crianças estão a ser convencidas de que os dois sexos – macho e fêmea – foram criados por designações linguísticas: homem e mulher, pai e mãe; que homem, mulher e família, pai e mãe, sexualidade e fertilidade não são conceitos naturais, mas sim um discurso de poder para os homens dominarem as mulheres e para a heterossexualidade dominar sobre todas as demais orientações sexuais, e que tudo isso tem que ser eliminado. 

Na Califórnia, por ex., saiu uma lei que alterou as certidões de nascimento. Não se exige “mãe” e “pai”, mas sim “pai que dá à luz” e “pai que não dá à luz”. Nos novos formulários estaduais, cada pai “pode indicar se se identifica como mãe ou pai”.[6]

As famílias portuguesas precisam saber o que está a passar-se. É urgente um debate público sobre o que é de facto a ideologia do género.

 

sexta-feira, 8 de abril de 2022

PRESSE ou PRESSÃO para desconstruir?

 salL – Defesa da Liberdade

Está a correr muita tinta por causa de um questionário apresentado a alunos do 3° ciclo (13/15 anos) e que veio para as redes sociais porque numa escola do norte de Portugal, um aluno que se recusou a responder ao mesmo e foi penalizado por isso. Veio-se a saber que o questionário em causa pertence a um conjunto de propostas pedagógicas na área da educação sexual e que tem objetivos definidos. Analisámos o questionário e os seus objetivos e tiramos algumas conclusões.

Este tipo de questionários coloca os jovens diante de situações absurdas, deixa-os confusos ao colocar-lhes questões que não passam de falsos problemas.

Parece que o questionário se destina a criar empatia pelo sofrimento do outro. Na verdade, este questionário é inútil porque não cumpre os objetivos que se propõe alcançar. Na verdade, para compreender um sofrimento, temos de compreender a pessoa e compreender o que é amar e o que é sofrer. Quando se entende isto, está-se apto a entender qualquer sofrimento. Seja uma questão da vivência da sexualidade, seja uma dificuldade em lidar com a morte da mãe, seja ver morrer um filho, seja lidar com a doença, com o desemprego ou com outra situação qualquer.

Não é necessário passar pela experiência para entender o sofrimento que ela implica.

Este é o erro fundamental deste questionário. Da mesma forma, o médico não precisa de estar doente para entender a doença. Um psicólogo não precisa de passar pela depressão para ajudar uma pessoa a lidar com um paciente deprimido.O que a escola deve fazer é ajudar o aluno a conhecer a pessoa e a respeitá-la na sua dignidade e diversidade. Para isso as aulas de filosofia são fundamentais. Mas ensinar a pensar pode ser um perigo numa sociedade de cancelamento que impõe um pensamento único. Não podemos deixar de olhar para esta ficha como parte de um programa mais abrangente chamado PRESSE – Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar.

O PRESSE é promovido pela Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. (ARSN) através do seu Departamento de Saúde Pública em parceria com a Direção Geral dos Estabelecimentos de Ensino – Delegação do Norte (DGEstE). O seu objetivo é apoiar a implementação da educação sexual nas escolas. Atualmente está a ser aplicado em cerca de 80% dos Agrupamentos de Escolas e Escolas não Agrupadas. (http://www.presse.com.pt )

Vale a pena perceber que o PRESSE propõe conteúdos para todos os anos da escolaridade, desde o pré-escolar ao secundário e também para grupos específicos, nomeadamente para crianças com necessidades educativas especiais. Isto porque o PRESSE nasce para dar cumprimento a legislação da União Europeia e das Nações Unidas que tem objetivos ideológicos, como iremos ver. Se nós percebemos as perguntas do “questionário para heterossexuais” apresentado a jovens de 13/15 anos como sendo uma devassa da privacidade que não deverá ter lugar na escola – e que nem a um adulto se fazem estas perguntas, então valerá a pena perceber de que forma o PRESSE aborda estes temas junto de crianças de outras faixas etárias.

A escola não deve antecipar-se aos pais em temas estruturantes e éticos.

Deve ajudar e cooperar, mas nestes temas dar conhecimento aos pais, ter o consentimento dos educadores e deve ser respeitado o direito dos pais de eventualmente recusar ou não consentir se estes considerarem invasivos ou desajustados.

Fácil é de ver que o objetivo geral é desconstruir todos os conceitos de sexualidade, normalizar todas as orientações sexuais não binárias, esvaziar a sexualidade de todo seu significado antropológico de linguagem de amor e expressão da entrega da vida ao outro e, finalmente, tornar a sexualidade e a reprodução um tema do âmbito da saúde em que, por exemplo, se fala da gravidez nos mesmos termos em que se fala de uma doença de transmissão sexual.

Todos estes objetivos passam por uma visão instrumental do corpo e por uma visão hedonista e sentimental da pessoa.

O sexo é problematizado, enquanto se deixa de ensinar o que é o amor. Não se fala da unidade corpo-espírito, de como o corpo revela a pessoa, de como a sexualidade pode falar uma linguagem de verdade ou de mentira sobre a pessoa, consoante for vivida como expressão de um dom ou como expressão de um desejo de prazer. A realidade mais básica com que qualquer pessoa se depara é com a existência do seu corpo, as diferenças entre os rapazes e as raparigas, a identificação com os pais do mesmo sexo.

À medida que a criança vai crescendo todas estas realidades baseadas numa experiência concreta, vivida, vão ganhando sentido e contornos de adequação social e são transportadas para a relação com os outros.

São processos naturais que a escola não pode – não deve-, agredir, manipular ou desconstruir.

As crianças já nascem homens ou mulheres antes que alguém lho diga ou as eduque. Os pais, com o apoio da escola, devem ajudar essas crianças a crescer coerentes com a sua herança genética e biológica. E quanto mais coerente mais felizes serão. Todos estes processos são na sua essência naturais. Por isso é necessário haver tanta formação para os professores e outros profissionais de educação. Ao contrário, está-se a tentar forçar uma revolução cultural que passa por uma visão não natural da pessoa humana.

Não sendo natural, precisa de ser aprendida para depois ser ensinada. Não sendo natural e não correspondendo à realidade naturalmente vivida, trata-se de uma ideologia. E chama-se Ideologia de Género!

Ver pág. 97

http://aeesgueira.edu.pt/attachments/article/45/Caderno_Ed_Sexual_3_Ciclo_OFICIAL.pdf?fbclid=IwAR10Mrji0_dWIhTiS8H9KV32YUZhZg3V3BWvmCfG2-YQO27dytmQNLhAcF4

Pode ser uma imagem de texto que diz "Atividade: Questionário para Heterossexuais Areatemáica: Atividade n. 4 Expressões exualidade Objetivos: Diversidade Diver: 7° 8° 9 são pessoas heterossexuais oportunidade alizadas homossexuais bissexuais. Duração: experimentar erguntas vezes Recursos: Fichasn.4.1e4.2 45 min. Passo passo: Disponibilizar em grupo grupo Depois grupos questoes descritas ficha. questionário (ficha exual responderem como heterossexual. com restante turma respostas apresentar alunosa Questões para discussão" promover um debate sobre apresentadasa homossexuais bissexuai questõ‘es de quase mpossível resposta, baseadas em estereótipos. Saúde Pública PRESSE"
Pode ser uma imagem de texto que diz "Questionário para Heterossexuais Ficha n. 4.1 Questionário para Heterossexuais 1) que que achas que causou tua 2) que que heterossexual? 3) Épossível que heterossexualidade seja penas uma fase pouco? 4) passe quando cresceres mais um possivel eterossexual por entire medo essoas nesmo sexo 5) teu? normal orque que existem antos mentais neterossexuais? 6) Porque quet tensde anunciar todos" tua heterossexualidade? éssem falares muito sobre isso? podes apenas quem 7) Amaior dos abusadores de menores heterossexual. Achas que seguro expor as crianças educadores heterossexuais? número de divórcios entre pessoas heterossexuais muito elevado. Porque que amorosas entre heterossexuals instáveis? relaçoes"
Pode ser uma imagem de texto que diz "Questionário para Heterossexuais Ficha n. 4.2 Questões para discussão 1) Achaste questões difíceis responder? Alguma delas 2) Como estas erguntas fizeram sentir? 3) que diz nossa sociedade perguntas como hossexuaisissx? homossexuais que que achas podes fazer mais difícil? Qual porquê? serem feitas com frequência realizadas homossexuais futuro, bissexuals? ouvires perguntas destas serem novamente Saúde"

Mãe denuncia: a minha filha suicidou-se depois de sofrer influência para “mudar de sexo”

 

Abigail Martinez claims school pushed transgender treatments on daughter  Yaeli who committed suicide - TheBlaze

No dia 07 de Março, a Heritage Fundation realizou o evento “Protegendo as nossas crianças: como a ideologia radical de género está a tomar conta das escolas públicas e a prejudicar as crianças”. Várias mães puderam falar sobre a forma como os seus filhos têm sido cobaias em escolas que têm servido de laboratório para a promoção da ideologia de género. Abigail Martinez, mãe de Yaeli, uma jovem de 19 anos, disse que a filha se suicidou depois ter sido influenciada a “mudar de sexo”:

Quero que todos saibam a verdade sobre o que aconteceu com a nossa família, porque não precisava ter acontecido. Não consigo explicar essa dor… respiro e dói.

Lavada em lágrimas, Martinez contou detalhes da sua batalha contra os activistas, que sempre havia visto como simples professores, mas que influenciaram a sua filha. Explicou que Yaeli sempre se vira, comportara e vestira normalmente como uma menina, em perfeita harmonia com o seu sexo biológico. No entanto, na escola ela sofreu bulliyng, chamavam-lhe feia, de tal forma que, entre o 7º e 8º anos começou a demonstrar sinais de depressão. Insatisfeita com a sua imagem, confusa, e mergulhada numa cultura de incentivo à ideologia de género, a adolescente desenvolveu uma crise de identidade e começou a acreditar que podia ser transgénero. Preocupada, a mãe pediu ajuda aos professores. A situação piorou.

Activismo de género na escola

Quando Yaeli passou para o 6º ano, as portas abriram-se e passou a ir a reuniões e a outras actividades escolares de “apoio” a jovens supostamente transgéneros. O conselheiro da escola estava envolvido, o DCFS (Departamento de Serviços para Crianças e Família) estava envolvido, [representantes] LGBT também estavam lá, a tentar ‘ajudar’ a minha filha na transição para ser transgénero. Fui acusada de não querer abrir os olhos, já que – de acordo com os “peritos” – a minha filha sentia desde pequena que era um menino, o que não era verdade. Ela nunca se comportou como menino. Quero que todos saibam a verdade porque não precisava acontecer [o suicídio]. Não quero que isso aconteça com nenhuma outra família.

Nas escolas públicas dos Estados Unidos, a política de apoio aos alunos supostamente transexuais passou a vigorar no governo do presidente Barak Obama e abriu espaço à promoção da ideologia de género.

De acordo com Roger Severino, ex-director de direitos civis do Departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo do ex-presidente Donald Trump:

Eles criaram um laboratório experimental para essa ideologia transgénero, e a Yaeli foi a primeira vítima.

Retirada à mãe

O caso de Martinez atingiu o cúmulo do absurdo quando ela, uma mãe dedicada e preocupada com a saúde mental da sua filha, perdeu a guarda da filha depois de esta se ter tentado suicidar pela primeira vez. Yaeli foi institucionalizada num orfanato.

Os psicólogos da escola e os representantes LGBTs disseram ao DCFS que a minha filha estaria melhor fora de casa. Eles levaram-na quando ela tinha 16 anos. Eu fiz tudo para a recuperar, ia todos os meses ao tribunal. Apelei ao juizado de menores para que a minha filha passasse por novas avaliações psicológicas, o que não adiantou, pois as assistentes sociais que acompanhavam o caso disseram que o que a Yaeli precisava era ser tratada como Andrew.

A mãe recordou que pediu ao juizado de menores para que a filha não fosse submetida ao uso de hormonas masculinas, e que, em vez disso, recebesse ajuda psicológica. Segundo ela, durante uma terapia de grupo Yaeli chegou a dizer que o procedimento hormonal não estava a deixá-la mais feliz.

Outras mães relataram casos de influência ideológica sobre os filhos, nas escolas, bem como de arrependimento por parte de jovens que foram seduzidos por essa narrativa.

Um pouco por todo o mundo, a ideologia de género tem causado muitos estragos na vida de crianças e adolescentes.

Disforia de género

O activismo de género não se compadece do facto de que a disforia de género – a confusão de identidade sexual de que algumas pessoas sofrem desde que se conhecem e da qual nunca se arrependem (a não ser que Deus faça um milagre) – não tem nada a ver com ter nascido no ‘corpo errado’, mas sim com questões do foro psicológico, que precisam de tratamento médico especializado e não de opiniões/diagnósticos/instrucções de activistas e psicólogos pró-ideologia de género.

É claro que Yaeli sofreu bullying por causa da sua aparência e que isso pode ter destruído a sua feminilidade. Confusa, no meio de uma cultura que desperta a confusão sexual e a normaliza, ela pode ter olhado para a “mudança de sexo” como um escape. O caso dela não é diferente de outros casos. Traumas, como abuso sexual, podem levar à confusão sexual uma vez que a mente das vítimas pode interpretar a “mudança de sexo” como um mecanismo de defesa contra novos abusos. 

No entanto, a cultura LGBTQIAP+ e o activismo ideológico em escolas, universidades, na TV e nas redes sociais, é o que tem mais influenciado crianças e adolescentes.

Em casos como o de Yaeli, o apoio de profissionais qualificados – não de activistas ou John Money’s da vida – e o acompanhamento dos pais no dia-a-dia da criança, bem como a importância da intimidade familiar, são indispensáveis.

Os pais precisam acompanhar os filhos e protegê-los da doutrinação ideológica, que se encontra em todo o lado, até nos desenhos animados.

Sobre a teoria queer

 

Arquivos Teoria Queer - Universo Racionalista

Este artigo não é contra pessoas que sofrem de disforia de género, mas sim contra a teoria queer, que arrasta crianças, adolescentes e jovens para uma transição (“mudança de sexo”) que, na maior parte dos casos, não vai solucionar os seus problemas e cujos danos podem ser irreversíveis. 

O que é a teoria queer?

A palavra queer é de origem inglesa, apareceu no século XVII e emergiu como um insulto para referir aqueles que corrompiam a ordem social: o bêbado, o mentiroso e o ladrão. Mas, a palavra rapidamente passou a ser usada para referir aqueles que não se encaixavam na caracterização de mulheres ou homens. Como diz a filósofa queer Beatriz Preciado: eram queer os invertidos, o bicha e a lésbica, o travesti, o feitichista, o sadomasoquista e os zoófilos. O insulto “queer” não tinha um conteúdo específico: pretendia reunir tudo o que era abjecto.”

Antes de falar sobre a teoria, é preciso deixar bem claro que a disforia de género é uma sensação permanente de mal-estar a respeito da realidade sexual da pessoa cuja solução oficial é fazer a transição para outro sexo (mudar as características físicas secundárias).

Ainda assim, há especialistas que alertam para o facto de que, geralmente, os problemas das pessoas que se declaram trans poderem ser outros, e não se poder descartar que há pessoas que se declaram trans por conveniência

A explicação da teoria queer, que defende que há pessoas que nascem no corpo errado, é uma explicação resultante de más práticas de psicologia, individualista e irracional, muito própria da sociedade actual onde as emoções e o subjectivismo foram elevados à categoria de verdade para todas as coisas. Isso não ajuda as pessoas que estão a sofrer.

A teoria queer incute nas mentes mais frágeis que os estereótipos de género são impostos ao indivíduo por uma sociedade patriarcal e machista e afirma que é o sexo que depende do género, que o sexo é subordinado ao género. Por ex.: Se nasceste menina, mas gostas de jogar à bola, de vestir roupas mais masculinas e de estar no meio dos rapazes, deves lutar para que o teu sexo combine com o teu género.

Esta, sim, embora pretenda ser o cúmulo do progressismo, é uma postura retrógrada que vai buscar os estereótipos mais antigos e obsoletos levando-os a extremos que estão a provocar inúmeros danos a uma geração de crianças e adolescentes que se viram envolvidos nesta retórica narcisista e surpreendente, que ignora que o transtorno da sexualidade [disforia de género] é um problema de baixa prevalência que se manifesta desde muito cedo.

No entanto, e após a introdução da ideologia de género nas escolas e a sua generalização nas redes sociais, colectivos LGBTQIAP+ alegam que percentagens bastante altas de adolescentes, fundamentalmente meninas, estão a descobrir que são realmente meninos pelo simples motivo de não se encaixarem naquilo que o “estereótipo machista” espera delas.

Sabendo que a adolescência é um período bastante turbulento da vida, José Errasti, Professor de Psicologia da Universidade de Oviedo, diz:

Não é de forma alguma surpreendente que uma percentagem tão grande de meninas se sinta desconfortável com o que se espera delas, de acordo com os estereótipos machistas que prevalecem nas redes sociais ou na pornografia. Há uma tentativa de transmitir algo como isto: se não te conformas com esses estereótipos machistas, és um menino e não sabes disso.

O discurso da teoria queer, que está a ser imposto a crianças e adolescentes, incentiva-os a fazer a transição. Além disso, os activistas exigem a “abordagem afirmativa” como única possibilidade de “tratar” a disforia de género. Sobre isso, Marino Pérez Álvarez, Professor de Psicologia Clínica da Universidade de Oviedo, afirmou:

Se não fossem as consequências que tem na infância e na adolescência, certamente estaríamos a falar de um problema académico, mas isso saltou para o cotidiano e para a infância.

O professor dá um exemplo prático:

De repente uma menina sente que é um menino, diz aos pais e eles ficam perplexos e desconcertados porque nunca se tinham apercebido, nunca houvera nenhuma indicação de que ela tinha problemas desse tipo. Se os pais tentam entender […] descobrem que a sua filha já tem uma narrativa bem estabelecida de como lhes responder (diz-lhes que se não a apoiarem, são maus pais, que se não a apoiarem, provavelmente cometerá suicídio, etc.). Então os pais vão ao ‘Dr. Google’ e encontram discursos parecidos com esses. Além disso, se forem a um clínico, pediatra ou psicólogo, descobrirão que também eles têm uma perspectiva oficial, e não científica, sobre como tratar e entender esses desconfortos. E a maneira oficial de os entender é a abordagem afirmativa.

Dessa forma, os problemas iniciais, levantados pela pessoa que deseja fazer a transição, podem não ser resolvidos com a mudança e podem até surgir outros em decorrência. Tudo fruto de um erro de diagnóstico como resultado da abordagem afirmativa, que impede os clínicos de fazerem o seu trabalho de exploração e análise para ver qual é a melhor opção. É quando surge o fenómeno do arrependido, de pessoas que querem reverter o processo e voltar a ser quem eram, mas de facto já existem danos irreversíveis.

Professores como “polícias de género”

As escolas estão cheias de activistas a darem palestras a crianças muito pequenas nas quais lhes dizem que podem “libertar-se do sexo que lhes foi atribuído à nascença” e escolher o sexo que quiserem.

Ora, o sexo não é atribuído à nascença. É observado. E tudo o pode mudar é exterior, pois o ADN permanece inalterável.

No Despacho 7249/2019, Art. 2º Alínea b) fala-se em “Mecanismos de detecção”. Tipo: olheiros a actuar como polícias do género. É exigido aos professores que detectem se algum aluno se comporta de forma incongruente com seu sexo e a agirem no sentido de o encaminhar para psicólogos afirmativos e associações LGBTQIAP+ a fim de descobrir qual é a sua identidade sexual [de género].

Qual é o papel dos pais?

Com a teoria queer plenamente instalada nas instituições, o que podem fazer os pais que não confiam na abordagem afirmativa?

Se Portugal proibir aquilo que os activistas denominaram como “terapias de conversão”, nada, a não ser aceitar tudo passivamente para não perder a guarda dos filhos.

É urgente que os pais despertem para isto e denunciem as decisões das escolas, dos activistas e dos clínicos à justiça. A Associação Família Conservadora e a SAL são associações que podem ajudá-los.

Mas, é preciso ter muito cuidado. É preciso perceber se a criança sofre mesmo de disforia de género, ou se está a ser influenciada por aquilo que a rodeia. As crianças, independentemente das suas dificuldades, precisam sentir-se protegidas e amadas pelos seus pais.

A cultura do cancelamento

Infelizmente, a maior parte dos psicólogos e psiquiatras teme as consequências de se posicionar contra a teoria queer e o lóbi LGBTQIAP+. Não é por acaso que o activismo lGBT incluiu os trans numa sigla que não pára de acrescentar letras. Ajudar crianças confusas a identificarem-se com o seu sexo de nascimento não é ser contra pessoas trans, mas sim prevenir arrependimentos futuros e suicídios. Calarem-se, por medo de serem rotulados de transfóbicos, é negar o direito das crianças a serem devidamente seguidas e tratadas”.

Nos últimos meses, grupos e estabelecimentos médicos em vários países pediram para colocar um travão nas intervenções hormonais e cirúrgicas em crianças, adolescentes e jovens.

No dia 22 de Fevereiro, […] o Conselho de Saúde e Bem-Estar da Suécia divulgou as tão esperadas directrizes para o cuidado de crianças com disforia de género que restringem o uso de tratamentos hormonais e aconselham apoio psicológico e psiquiátrico, como primeiras linhas de tratamento. O conselho disse que não consegue explicar um aumento de 1.500% nos diagnósticos de disforia de género entre meninas de 13 a 17 anos entre 2008 e 2018.

O maior centro de identidade de género da Suécia, o Hospital Universitário Karolinska, em Estocolmo, anunciou no ano passado que não prescreveria mais bloqueadores da puberdade e hormonas sexuais cruzadas a menores.

A teoria queer e o feminismo

A teoria queer destrói muitas das conquistas que o feminismo reivindica como suas. Longe de desconstruir os estereótipos de género, a teoria queer eleva-os acima da natureza e da biologia.

Eu, que sempre fui uma Maria rapaz, teria imensas probabilidades de ser confundida e engolida pela teoria da moda. Valeu-me o facto de, no meu tempo de criança, não ter estas ideologias no sistema de ensino.

Quando quem nos governa não sabe o que é um homem e uma mulher… Tudo está em causa. Uma sociedade queer não tem futuro.

#somostodosMiguelMilhão