sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Feminismo Tóxico - Subversão da feminilidade e da masculinidade

 


DISPONÍVEL A 24 DE FEVEREIRO -

A ideia de feminismo está, para muito do cidadão comum, e por força do enorme poder de influência dos seus promotores, associada a uma justa conquista de direitos por parte das mulheres. Da mesma forma que se associa o “anti-racismo” a uma justa defesa de direitos de minorias raciais, ou se associa a identidade de género a um não menos justo direito a ostentar o “género” que bem se entende.
Ora, todos estes fenómenos têm um padrão comum. Todos estes movimentos que se arrogam defensores de um determinado grupo social, sobre o qual se aponta uma alegada “discriminação”, têm como finalidade a destruição de todo e qualquer factor de diferenciação entre os seres humanos, seja ele biológico, histórico ou cultural – os elementos constitutivos da nossa matriz civilizacional, construída ao longo de milénios –transformando este “homem novo” num consumidor indiferenciado, cidadão do mundo de características voláteis e identidade fluída, livre de qualquer referência que o fixe numa realidade sangue e terra, história e cultura, comunidade e cooperação.
Para estes movimentos, a pessoa – com o seu valor intrínseco como pessoa humana – pouco importa. A pessoa apenas tem importância caso se enquadre no estereótipo ideológico concebido pelo movimento. A partir do momento em que deixar de se enquadrar, é descartada. Elege-se uma “desconstrução social” artificialmente concebida que fomente uma “guerra de sexos”. Para os ideólogos destes movimentos, e do feminismo em particular, não é a mulher real que importa, ou as situações reais que envolvem essa mulher, mas sim a narrativa que se consegue construir a partir dessa realidade. Partindo de algumas reivindicações perfeitamente legítimas, concebem todo um plano ideológico e político, cuja extensão raramente é percepcionada por aqueles que, legitimamente, acreditaram nas “boas intenções” do movimento.
“Este manual compreensivo, Feminismo Tóxico, leva-nos às origens dos conceitos de feminismo, às lutas pelos direitos das mulheres, às suas dificuldades e às suas conquistas. Apresenta-nos os principais autores do Feminismo político e social, aqueles que usando uma luta pelas mulheres as usaram para fins políticos. Muitas vezes que em nada tinham a ver com a defesa da condição feminina.
Acima de tudo, este livro esclarece-nos, de forma simples e didáctica, como se criaram os movimentos feministas e como evoluíram até aos nossos dias. Mostra como o radicalismo e a exacerbação feminista acabaram por ter o efeito contrário, nefasto, de prejudicar as mulheres.
Partindo do século XIX, revisitando acontecimentos e autores marcantes, este livro leva-nos numa viagem fascinante aos conceitos, às teorias, aos momentos marcantes e à clarificação do pensamento teórico, social e antropológico que marcaram o século XX e até aos nossos dias.”
Com prefácio do psicólogo clínico Dr. Abel Matos Santos e ilustração de capa da artista Leonor Trindade, este promete ser um dos grandes livros de 2022, acessório indispensável para todos os que se pretendem munir de conhecimento e argumentação para o bom combate cultural, recusando a derrota face a esta narrativa nefasta, desumana e não-natural que, travestida de “valores humanitários”, tem gozado de poder hegemónico na educação, na cultura, na comunicação social, e claro está, no espaço político.



Autora: Maria Helena Costa
Título: Feminismo Tóxico - Subversão da feminilidade e da masculinidade
Formato: 152x229mm
300 páginas
PVP: 15€

Cegos, enganados e ignorantes!?

 



Eu sei que muitos pensam desta forma:

« ... como é que os seus filhos saberem que existem pessoas transgénero ou com diferentes orientações sexuais é um ataque ou uma imposição? A existência de informação é neutra. A sua família não está a ser atacada. Para algúem que diz "Cada um faz da própria vida o que bem entende" o que parece que está a querer dizer é "desde que eu possa fingir que não existem, possa negar que existem e para além disso lhe possa ainda efectivamente negar o direito à existência e protecção legais". Posso-lhe garantir uma coisa, não vai ser pelos seus filhos saberem que existem pessoas transgénero que vão querer passar pelo longo e complexo processo de transição de género. Não vai ser pelos seus filhos saberem que há diferentes orientações sexuais que a sua própria orientação se vai alterar. E garantidamente não é pela inexistência de um campo no CC que isso vai acontecer. Mas, se por acaso fosse esse o caso (não é) o senhor é assim tão mau pai que os seus filhos iriam contra os seus ensinamentos ou não seria capaz de apoiar os seu filhos nas decisões que eles tomassem?»

Tão tolerante, não é? Tão cheio de boas intenções, tão “inocente”, tão inclusivo, tão mente aberta, tão actual, tão... IGNORANTE!

Como se, incutir sexo, sexo e mais sexo na mente de crianças, a partir dos TRÊS ANOS, não causasse efeitos absolutamente nefastos, não as levasse a procurar experimentar tudo e mais alguma coisa e a acreditarem na mentira de que nasceram folhas em branco, neutras, sem identidade nem sexualidade definidas, e que a identidade - que a ideologia de género afirma ser a forma como alguém se relaciona sexualmente - é construída de facto pela escola, por adultos que sabem coisas que os pais lhes escondem...

E quando a escola não enchia a cabeça das crianças com sexo e toda a sorte de perversões sexuais? 

Crianças, a partir dos três anos, não têm de ser bombardeadas — aliás, abusadas — com quantas formas de fazer sexo existem, a fim de, por meio das suas próprias experiências sexuais, descobrirem a sua identidade. Crianças não fazem sexo. Crianças nem sequer deveriam falar de sexo. 

Usar a palavra “género” em vez de "sexo" não muda o facto de estarem a SEXUALIZAR a mente das crianças e a enchê-la de sexo. 

SIM, vai ser pelos seus filhos serem constantemente despertados para as diferentes "orientações sexuais" que a orientação sexual deles se vai alterar, pois está a ser-lhes incutido desde demasiado cedo que nasceram neutros e necessitam experimentar todas as variações sexuais para saberem quem são. 

SIM, vai ser por lhes ensinarem que nasceram neutros (sem identidade), por acusarem os meninos de serem o patriarcado opressor e causador de todos os males de que as mulheres padecem que vai inibir os meninos e torná-los efeminados, ao mesmo tempo que masculinizam as meninas dizendo-lhes que devem ser empoderadas e que ser mãe é um papel redutor.

No Reino Unido, onde essa ideologia nefasta já foi imposta à Escola há mais tempo, há um fenómeno chamado disforia de género de início rápido. O número de crianças confusas quanto à sua sexualidade subiu 1000%

No celeiro da ideologia de género, o Brasil, a geração que aprendeu essa ideologia desde o ensino básico — durante cerca de 16 anos — está absolutamente confusa quanto à sua sexualidade e, cá em Portugal, desde que os animes japoneses, vídeos na internet, desenhos animados, novelas, filmes, redes sociais e músicas promovem exaustivamente a ideologia de sexo, as crianças estão a ficar confusas e os casos de DESORIENTAÇÃO SEXUAL crescem a olhos vistos. As conversas de recreio giram em torno da tal "identidade de género" de cada um. 

Tirem a cabeça de debaixo da areia!

Não se está a ensinar às crianças a tolerância para com os que são diferentes, mas sim a incentivá-las, à força, a serem diferentes do que são na realidade.

Quando, a partir dos TRÊS ANOS de idade só se fala de sexo, sexo, sexo, está a sexualizar-se a mente das crianças e isso é abuso sexual institucionalizado. 

Sexo, aquilo que os adultos fazem com o seu corpo, deve ser algo íntimo e particular, não o cartão de cidadão de alguém. Implementar técnicas de manipulação genital nas escolas deve repugnar qualquer pai digno do nome, pois os seu filhos não podem ser instrumentalizados para experimentarem todas as formas de sexo e depois decidirem QUEM são.

A forma como alguém usa o corpo não determina o seu sexo, mas apenas a forma como faz uso dele. Isso não é “género”, quanto muito é promiscuidade.

Portanto, quem defende a ideologia de género, das duas uma: ou é depravado ou está completamente desinformado.

Há seis anos que estudo esta calamidade, que pretende, acima de tudo, destruir a família, o cristianismo e a identidade cultural dos povos. A máscara é a tolerância e a defesa dos direitos humanos, o objectivo é a desconstrução social e o totalitarismo do Estado.

Aliás, só os defensores e promotores da ideologia têm direitos. Só a sua mentira é verdade. Só eles têm direito a exprimir os seus pensamentos. Só eles são tolerantes. Só eles transformam a mutilação física e a dependência de hormonas do sexo opostos em direitos humanos.

No dia 15 de Fevereiro de 2022,  a seguir à França, a Nova Zelândia proibiu práticas de conversão. A Lei aprovada torna crime realizar a chamada 'terapia' em menores de 18 anos e vem com pena de até três anos de prisão. 

Na prática, o que a lei proíbe é que as crianças possam ser aconselhadas a identificar-se com o seu sexo biológico. Ou seja: a Escola e as Associações LGBTQIA+ que o Estado lá introduz confundem-nas com um sem-número de "identidades de género" [práticas sexuais] e a família fica sem poder fazer nada para as ajudar a não se mutilarem e ficarem dependentes de hormonas do sexo oposto para toda a vida.

Urge entender que a ideologia de género é um braço da revolução cultural mundial que visa implantar o socialismo no mundo. É a DESCONSTRUÇÃO SOCIAL que visa a reorientação da sexualidade humana e do género humano. Uma DESCONSTRUÇÃO total do homem e da mulher e das suas características físicas SECUNDÁRIAS. É um gerador de conflitos de identidade — a maior ameaça totalitária que o ser humano alguma vez viu — e não é exagero dizer que implica uma mudança radical do género humano. Algo jamais imaginado pelo nazismo ou até pelo comunismo.

O que dizem:

«Só pedimos tolerância e igualdade de direitos para todos!»

O que querem dizer:

«Tens de assumir a nossa cosmovisão, fazer dela lei, ensiná-la nas escolas e universidades e multar — ou até prender — todo aquele que não pensa como nós.»

A ideologia de género é um braço da cultura da morte!

 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

"Mulheres Trans" não são elegíveis para licença menstrual



O incrível acontece. 

Uma agência do governo local em Taiwan teve que emitir uma declaração onde consta que as "mulheres trans" não têm útero e, portanto, não são elegíveis para a licença menstrual .

A CNA informou: depois de uma "mulher transgénero" ter solicitado um dia de folga menstrual à sua empresa, a empresa não tinha certeza se ela era elegível e perguntou ao governo local. O governo local passou a questão para o Ministério do Trabalho (MOL), que consultou o Ministério da Saúde e Bem-Estar (MOHW).

O MOHW respondeu ao MOL com uma explicação da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de Taiwan (TAOG), de que "mulheres transgénero" que fizeram cirurgia de mudança de sexo e registaram oficialmente a sua "mudança de sexo" não têm útero e não menstruam. 

Como o objectivo da licença menstrual é proporcionar alívio para quem pode sofrer desconforto físico no trabalho durante a menstruação, a política não se aplica às "mulheres trans", pois elas não passam pela experiência.

As funcionárias de Taiwan têm direito a um dia de folga por mês para licença menstrual e não precisam de quaisquer documentos oficiais, como atestado médico, para tirar a licença.

 Um dia de folga por menstruarem? 

Estas leis só prejudicam as mulheres... 

A ideologia do género está por detrás de todas as pautas políticas que as esquerdas têm vindo a aprovar e o seu objectivo é instalar a confusão e o caos na sociedade. 

Hoje, é preciso coragem para afirmar que "mulheres trans" não são mulheres e que, portanto, nunca experimentarão  menstruar. A menstruação faz parte da natureza da mulher - da sua biologia - e nenhum bisturi ou coquetel de hormonas transformará um homem numa mulher. 

A própria designação "mulheres trans" indica que não são mulheres, mas sim homens que sofrem de um transtorno de identidade e que se apropriam da feminilidade. 

Estas pessoas - que sempre precisaram e continuam a precisar de ajuda especializada para lidar com um transtorno - estão a ser vítimas de governantes e lóbis que as convencem de que usar pronomes do sexo oposto, roupa de mulher, hormonas do outro sexo, amputar partes saudáveis do corpo e fazer cirurgias de redesignação muda a sua natureza biológica, quando, na verdade, só muda as características físicas secundárias [exteriores] e traz consequências graves para a sua saúde. 

Se uma "mulher trans" morrer e o seu cadáver for exumado passados 30 anos é a sua natureza biológica que ditará o que era: um homem. Indiferente a qualquer transtorno, a natureza biológica de homens e mulheres permanece em cada célula do seu corpo.  

Adaptado do Artigo original

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

França retirou autoridade parental dos pais que se opõem à auto-determinação de género dos filhos

 O meu artigo no Observador.


As crianças estão a ser cobaias de uma ideologia. São confrontadas com uma multiplicidade de “identidades” sexuais para, de acordo com os ideólogos de género, experimentarem e saberem quem são.




A lei aprovada no dia 25 de Janeiro de 2022, pelo Parlamento francês, visa punir quem praticar aquilo que designa como “terapias de conversão” para mudar a orientação sexual de uma pessoa, mesmo que seja a seu pedido. A Lei francesa introduziu um novo crime no código penal.

Assim, se um menor ou maior de idade quiser receber aconselhamento especializado, para se identificar com o sexo com que nasceu, não tem direito a ser aconselhado e os profissionais de saúde que queiram ajudá-lo correm o risco de serem condenados a três anos de prisão e ao pagamento de uma multa no valor de 45 000 euros.

Entenda-se: se uma criança – influenciada pelo ensino da ideologia de género na Escola e nas redes sociais – se auto-determinar do sexo oposto, os profissionais de saúde são obrigados a concordar com tudo o que ela quiser. Mas se essa mesma criança se sentir confusa quanto à sua sexualidade e quiser identificar-se com o seu sexo biológico não pode ser ajudada. A ideologia passa a prevalecer sobre a biologia e as crianças passam a poder decidir como adultos.

Partindo do princípio de que uma criança não faz sexo, jamais deveria ser confrontada e confundida com questões de sexo. O que está a ser feito na Escola é criminoso. As crianças estão a ser cobaias de uma ideologia que as deixa à procura de uma identidade, uma vez que a identidade de cada uma delas, pessoal e intransmissível, é desconstruída e elas são confrontadas com uma multiplicidade de “identidades” sexuais para, de acordo com os ideólogos de género, experimentarem e saberem quem são. Por favor, ouça o podcast do psicólogo Eduardo Sá “Quando um filho de 10 anos diz que é pansexual?”.

A medida conta com a oposição de psiquiatras e juristas

Leia mais

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

A ideologia de género na prática

 


E se eu lhe disser que a ideologia de género não passa de uma ferramenta estatal para desconstruir a identidade da pessoa e que essa subversão começa pelo esfacelamento dos seus caracteres mais próprios.

Imposta por meio de leis, como a Lei 38/2018, colocada em prática a ideologia de género é especialmente perniciosa para a Mulher e para as suas conquistas ao longo dos séculos. Não deixa de ser uma insanidade o facto de terem sido feministas, que supostamente lutavam pelos direitos das mulheres, as artífices dessa subversão.

Simone de Beauvoir, em 1949, publicou o livro O Segundo Sexo. Mais vendido e lido hoje, do que quando foi editado, contém a base do discurso feminista que se gerou desde então e chegou aos nossos dias: “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher.”[1]

Esta é uma declaração filosófica que mudou o discurso feminista, pois, antes de Simone de Beauvoir o feminismo entendia que a definição da mulher era biológica e, portanto, natural. Nascia-se mulher. Se não se nasce mulher, a biologia não é um factor determinante na hora de captar a essência do feminino e a biologia fica fora da configuração da identidade feminina, porque “não se nasce mulher”. Ou seja: tudo o que trago no nascimento, tudo aquilo com que a natureza me dotou, não é relevante para a minha condição de mulher. Assim, o que será relevante para a minha condição feminina – fêmea, mulher – será adquirido: “torna-se mulher “.

Adquirido sob o quê?

- Sob a culttura. Mas não qualquer cultura, e sim sob uma cultura sujeita ao império se um sistema denominado como patriarcado.

Que é dominada por quem?

- Pelo primeiro sexo. Se a mulher é o segundo sexo, o homem é o primeiro sexo – na escala hierárquica – e é ele que domina o sistema social, político e económico, e que faz com que “isso”, que não é uma mulher desde o nascimento, se converta no sujeito oprimido, numa mulher.

Ora, se isto é assim, o que tem que se fazer para libertar a mulher é atacar as pressuposições culturais desse sistema, que fez de algo que não tem uma essência natural – que é a mulher – uma mulher.

Essa é a estratégia feminista inaugurada naqueles dias e que, passando por muitas instâncias, chegou até aos dias de hoje.

Kate Millett deu continuidade à ideia. Nos anos 70, nos EUA, com o surgimento do feminismo radical, Kate publicou o livro Politicas Sexuais, amplamente reconhecido devido à declaração “o pessoal é político”, frase muito usada nos nossos dias para politizar aquilo que é pessoal.

Infelizmente, muitos olham para a frase de Millett como uma declaração de liberdade, quando é exactamente o contrário. Ao tornar político o que é pessoal, íntimo, a fronteira entre o espaço publico e o espaço privado é derrubada. E, se a fronteira que separa o pessoal, o íntimo - como a sexualidade - do público, cai, o sistema político invade o que antes era a nossa privacidade/intimidade.

Quem diria que a sexualidade se tornaria um assunto político?

- Sim, hoje, a sexualidade deixou de ser do foro íntimo, privado, e tornou-se um assunto político. Três exemplos:

1)    A EIS [Educação Integral em Sociedade], que não só instrui a respeito da realidade biológica da sexualidade humana e como prevenir DST’s, como incorpora um sistema moral, baseado no género, que confunde e adoece os menores, só pode ser aceita se entendermos que a sexualidade é um assunto político, do Estado, e que são os políticos que devem elaborar o plano educativo dos nossos filhos quanto à sua sexualidade.

2)    Pobreza menstrual. Um trocadilho que redefine a menstruação como uma espécie de opressão do patriarcado, pois, uma vez que os homens não menstruam é preciso que o Estado faça “justiça social” e que os pensos higiénicos e os tampões – para as mulheres oprimidas - sejam pagos com dinheiros públicos. 

3)    A bandeira mais poderosa da política contemporânea: a bandeira multicolor. Sim, a bandeira política mas relevante dos últimos anos é a bandeira LGBTQIA+ e é política porque se iça nos Paços do Concelho, no edifício das Nações Unidas e em algumas Embaixadas. Mas, também é uma bandeira sexual que remete a orientações sexuais. Portanto, política e sexualidade confundiram-se completamente e isto não é uma libertação, mas sim uma intromissão do poder político na sexualidade humana. 

Em 1980, Monique Wittig foi a peça chave para inaugurar aquilo que mais tarde se chamará Teoria Queer. Wittig, no seu livro O Pensamento Heterossexual,  disse que a lésbica desempenhava um papel fundamental e que isso acontecia por dois motivos: 1. Se dizemos que o patriarcado é o domínio do homem sobre a mulher e se nos queremos libertar do homem, não podemos manter uma relação amorosa com um homem. O lesbianismo, antes de ser uma orientação sexual, é uma estratégia política. 2. Fomos enganados quando nos disseram que só há dois sexos – homem e mulher – pois a lésbica não é homem nem mulher, é lésbica.

Esta “intuição” fabulosa está na base da dissociação entre o sexo e o género que hoje é imposta à Escola. Hoje, não falta quem esteja disposto a dizer que não existe binarismo sexual, mas sim um regime de sexualidade obrigatória que é preciso subverter. Por isso, Monique disse que “a mulher não existe!” e convocou as feministas a destruir o conceito de mulher natural, para que os homens não as possam dominar. 

É claro que [ainda] basta um mero olhar para dizermos que estamos perante um homem ou uma mulher. Nós sabemos que há mulheres e homens, mas os Estados já não vêem isso e já actuam como se essas teorias fossem científicas e irrefutáveis. Alguns exemplos concretos:

Em 2017, um adolescente transexual [um rapaz] ganhou uma competição na categoria feminina de atletismo.[2]

Em 2018, na Argentina, o Sérgio fez 60 anos e deu-se conta de que as mulheres se reformam aos 60 e os homens aos 65 anos. Portanto, o Sérgio, só por ter nascido homem - e a não ser que seja verdade que “não se nasce mulher “chega a ser-se” e ele possa chegar a ser uma mulher - teria que trabalhar mais 5 anos. Mas, há uma boa notícia para: Na Argentina, tal como cá em Portugal, existe uma lei da Identidade de Género, que diz que a identidade sexual da pessoa é determinada pela identidade de género e que essa identidade é determinada pela auto-percepção de cada um. Assim, e como “a mulher não existe”, o Sérgio só precisou auto-perceber-se como mulher para ser uma mulher diante do Estado Argentino. No dia dos seus anos, o Sérgio foi ao registo civil, “mudou “ de sexo e reformou-se aos 60 anos[3].

2018, Ângela Ponce foi a Miss Espanha transgénero [homem biológico] que competiu no concurso Miss Universo e gerou controvérsia.[4]

2021, Halterofilista Laurel Hubbard foi a a primeira mulher trans [homem biológico] nos Jogos Olímpicos de Tóquio.[5]

Este ano, no México, devido à lei da paridade de género, houve 17 casos de candidatos homens que que se apresentaram como mulheres transgénero[6] ” para obterem melhores cargos políticos.

Não faltam casos de mulheres a serem vencidas e humilhadas - por homens biológicos - nas mais diversas competições desportivas. Todo o terreno conquistado pelas mulheres, no desporto, está em risco por causa de uma ideologia totalitária transformada em lei. O despacho 7247/2019 já coloca homens na casa de banho das mulheres, bastando para isso que se auto-determinem como mulheres. Já pesquisou casos e violação por causa destas políticas?

 



[1] O Segundo Sexo "On ne naît pas femme, on le devient" ("Não nascemos mulheres, tornamo-nos mulheres")

[5] https://www.dn.pt/desporto/toquio-2020-halterofilista-laurel-hubbard-vai-ser-a-primeira-mulher-trans-nos-jogos-olimpicos-13857380.html 

[6] https://www.bbc.com/mundo/noticias-america-latina-44052423

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

O Papa, os pais e os filhos homossexuais

 



A semana passada, logo a seguir à notícia que dava conta que um grupo de 125 católicos alemães LGBTQIA+ criticaram a discriminação da igreja na Alemanha, o Papa Francisco lançou um apelo para que os pais de filhos homossexuais os amassem em vez de os condenar.

Como cristã, embora não seja católica romana, gostaria de fazer algumas perguntas:

  • Qual a relação causa-efeito entre as duas notícias?
  • Se a igreja tem uma doutrina clara, escrita e acessível aos que nela ingressam, qual é a discriminação que existe?
  • O que é que o Papa quer dizer com “amá-los em vez de os condenar”?

  1. Apoiar a prática da homossexualidade, que eles crêem ser pecado e que trará a morte eterna aos filhos amados?
  2. Ou, amá-los incondicionalmente e apoiá-los em tudo o que necessitem, ainda que discordem das práticas homossexuais e não as aprovem?

Antes que me crucifiquem, preciso explicar que há um abismo enorme entre estas duas últimas respostas e que há toda uma ideologia, imposta à revelia dos pais a crianças de tenra idade e intensivamente promovida nos media, que tem vindo a convencer crianças, adolescentes e jovens de que a sua atracção sexual é a sua identidade. Ora, se a atracção sexual – seja ela qual for - é a identidade de alguém, qualquer discordância sobre o seu comportamento sexual é um ataque à pessoa em si e não à prática. 

Isto reduz o ser humano aos seus impulsos sexuais e, uma vez reduzido aos seus impulsos, o ser humano torna-se irracional.

Como mãe de três filhos e avó de duas netas, sabendo que há pais que condenam os filhos e os expulsam de casa, outros que violam as filhas, alguns que são violentos, e que até há pais que maltratam os filhos a ponto de os matar, não tenho dúvidas de que, graças a Deus, são uma minoria. Por isso, preocupa-me a vitimização constante dos filhos com “outras orientações sexuais” e a diabolização dos pais.

  • Posto isto, será que alguém parou para pensar sobre a dor dos pais? 
  • Sobre as suas dificuldades em lidar com algo que, como cristãos, sabem que só trará dor e morte ao seu filho? 
  • Será que alguém se preocupa em ouvir os pais, que são vítimas do filho que "sai do armário", quando esses pais nunca perceberam que o filho "estava no armário"? 
  • Quantas associações existem, para ajudar os pais que sofrem bulliyng às mãos do filho por não cederem à narrativa oficial do Estado e baterem palmas à sua orientação sexual? 
  • Por não o acompanharem às marchas gay e empunharem a bandeira multicolorida? 
  • Por serem cristãos? 
  • Por serem do CHEGA? 
  • Por não se renderem à ideologia do género? 
  • Quem ajuda esses pais a lidar com o filho que acredita que o seu pecado é a sua identidade, que pensa com os genitais, que teve a mente lavada com a ideologia de género, e que se torna num acusador incapaz de respeitar a cosmovisão cristã de mundo que os pais sempre tiveram? 
  • Quem ajuda os pais a lidar com o filho - que está sempre pronto a acusá-los de serem homofóbicos - quando os pais sempre o educaram no sentido de respeitar TODAS as pessoas e até já o repreenderam por ele gozar com gays?

Quem protege os pais deste tipo de violência psicológica?

"Convidei o meu filho, que há pouco tempo decidiu assumir que é gay, para almoçar.

- Almoças comigo amanhã?

- Até almoçava, mas combinei encontrar-me com um amigo.

- Onde, e a que horas?

- Em  ...  Às 14:00h.

- Ok. Então, podemos almoçar por volta das 12:30h, no ...  e o teu amigo pode encontrar-se contigo à hora combinada. O que achas?

- Ok. Pode ser. 

Almoçámos e, quando saímos, cumprimentei a menina que esperava por ele à saída.

- Olá, boa tarde, estás boa?

- Olá. Sim, estou.

Despedi-me de ambos e fui para casa.

Estava a fazer o jantar quando o meu filho tocou à campainha. Fui abrir a porta e, de repente, a "ficha caiu".

- Olá, boa noite. O jantar está quase pronto. Olha lá uma coisa: não tinhas combinado encontrar-te com um amigo?

- Sim. Com fulano. Aquele que tu viste.

- Aquilo era uma menina, não era um rapaz!

- Aquilo? Não é "aquilo", é uma pessoa.

- Eu sei que é uma pessoa e "aquilo" é uma maneira de falar, deixa-te de dramas. Eu cumprimentei uma menina e ela, naturalmente, respondeu como tal.

- Mas não é uma menina. É um rapaz e tens que entender isso!

- Não, não é um rapaz. É uma menina, e eu não tenho que entender nada que não corresponda àquilo que os meus olhos vêem.

- Mas ela sente-se um rapaz e, por isso, é um rapaz. Tens que respeitar isso.

- Não, filho, não é e não tenho que respeitar nada disso. Tu estás bem? Quem te pôs essas ideias na cabeça? Não foi isso que te ensinámos.

A discussão durou algum tempo, ele acusou a mãe de retrógrada, fundamentalista religiosa e homofóbica, e, mais uma vez, o ambiente ficou pesado.

Passou-se algum tempo, e a mãe percebeu que o filho tinha deixado de se dar com a tal menina. Questionou-o:

- Então? Não tens saído com fulana?

- Não. ELA é muito radical e eu não suporto isso.

A mãe percebeu que ele a chamara de “ela” e insistiu:

- Radical? Como assim? Podes explicar?

- ELA apaixonou-se por mim e queria namorar comigo.

- E qual é o problema? Não é um rapaz? Tu não gostas de rapazes? Por que não podes namorar com ELE?

- Porque eu não vejo um rapaz...

- Mas tu disseste que ela é um rapaz, discutiste comigo por causa disso, e agora estas a dizer que, afinal, ela não é um rapaz?

- Não, mãe. Ela é um rapaz, mas eu não a vejo como um rapaz...

- Porque ela não é um rapaz, filho.

- É sim. Ela é um rapaz, porque sente que é um rapaz, mas eu é que não vejo...

- Um rapaz, porque ela não é um rapaz. Se fosse...

- É sim. É um rapaz. Eu é que não sinto atracção por...

- Rapazes?

- Não! Por ela. Quer dizer... Tu não entendes. Tens a mente muito fechada.”

  • Papa Francisco, quem ajuda esta mãe a lidar com a lavagem cerebral que fizeram ao seu filho?
  • Quem a ajuda a lidar com o ódio do seu filho, tão amado, só porque não pensa como ele? 
  • Qual é o pai/mãe que está preparado para algo como isto? 
Isto também é condenação, bullying e violência doméstica.

 




quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Finalmente, alguém que me representa!

 



De acordo com a CNN, “Só há uma mulher nos deputados do Chega. E é antifeminista.”

Até que enfim! Uma mulher de direita, que pensa pela sua cabeça e que não é refém do feminismo radical, instrumentalizado pelo socialismo, que não se deixa iludir pelo canto da sereia, que não vê as desigualdades com as lentes do feminismo, nem selecciona o tipo de violência a combater (pois todo o tipo de violência nos é abominável).

Congratulo-me pelo facto de a Rita Matias não se deixar seduzir pelo discurso marxista da “vítima” e do “opressor”, que continua a reivindicar direitos já adquiridos e consagrados, mas que só o faz em países onde os direitos das mulheres já estão devidamente acautelados e salvaguardados, onde não são impedidas de estudar, de olhar para um homem, de escolher o homem com quem desejam casar, de andar semi-nuas e de cabeça descoberta na rua, de conduzir, de trabalhar fora de casa, de praticar a religião que quiserem, enfim, de tudo e mais alguma coisa.

A Rita sabe que a tradição e a cultura, invocadas pelas feministas para justificar a opressão e a ausência de liberdade das mulheres islâmicas, não justificam a violação dos direitos humanos fundamentais dessas mulheres. Ela sabe que o movimento político feminista só quer destruir a cultura judaico-cristã, ou seja, aquela que sempre lutou para que o valor da mulher fosse reconhecido, pois reconhece que Deus nos criou à Sua imagem e semelhança, homem e mulher nos criou, iguais em direitos e valores, mas com papéis diferentes, complementares e não igualitários. É isto que o feminismo quer exterminar.

O feminismo é um movimento neo-marxista cultural, puro e duro. A sua luta deixou de ser “o trabalhador contra o patrão” e passou a ser a mulher contra o homem e contra a família. Sim, srª jornalista, o feminismo é anti-homem e anti-família. Não importa o que você pensa, nem a narrativa que resolveu abraçar, esta é a verdade e isso vê-se em muitas reivindicações absurdas do movimento feminista, como por ex. esta:

Quem não conhece a famosa imagem V-J Day in Times Square? A imagem de um marinheiro norte-americano a beijar uma jovem enfermeira? Em 1945, através de uma edição da revista Time, a fotografia correu mundo e o beijo de dois desconhecidos transformou-se num símbolo de alegria pelo fim da II Guerra Mundial. Da fotografia nasceu uma escultura com 7 metros de altura que se encontra instalada em San Diego, EUA, mas … Em 2014 um grupo feminista francês chamado Osez Le Feminisme, criou uma petição pública a exigir a remoção da escultura de uma exposição, por se tratar, segundo as feministas, de um crime de agressão sexual, uma vez que o marinheiro não tinha o direito de beijar a enfermeira, ainda que ela tenha afirmado que gostou do beijo.

Frustradas! 

Este é o feminismo que a Rita despreza e eu também.

A Joana Amaral Dias, incapaz de esconder o seu ressentimento pelos péssimos resultados dos partidos mais à esquerda e pela ascensão meteórica do CHEGA, usou de toda a sua falta de classe, e da militância dos moderadores feministas, para amesquinhar e insultar a Rita. A Joana, que só se tornou figura pública e passou a aparecer nas TV’s depois de ter posado nua para uma revista e de exibir o corpo nas redes sociais (quando são as feministas a ganhar dinheiro para posarem nuas nunca se trata de objectificar a mulher…) afiou as garras e atirou-se a uma mulher mais jovem (e muito mais nova, inteligente e bonita!) só porque não pensa como ela nem alinha no discurso da vítima e do opressor, que só serve para alimentar movimentos revolucionários, algumas Associações, e garantir ordenados chorudos a quem os encabeça.

Lamento profundamente que se continue a bater na tecla das diferenças salariais entre homens e mulheres. A lei já proíbe que isso aconteça e, desculpem, mas os patrões seriam demasiado burros se escolhessem homens para fazer o mesmo trabalho e a mesma carga horária das mulheres e lhes pagassem mais.

Para quem ainda não entendeu como se calculam essas tais diferenças salariais, passo a explicar: as estatísticas, que revelam que as mulheres ganham menos do que os homens na mesma profissão e pelo mesmo tempo de serviço, fazem-se contabilizando o tempo de baixa de maternidade como se as mulheres estivessem a trabalhar sem receber, uma vez que é a Segurança Social que lhes paga durante esse período. Então, se a estatística for feita com homens e mulheres e cada uma das mulheres já foi mãe, uma ou mais vezes, usufruindo assim da licença de maternidade, a entidade patronal pagou mais aos homens do que às mulheres, percebem?

A verdade, é que neste país, a não ser que se infrinja a lei, não há patrões a pagar menos às mulheres - pelo mesmo trabalho, horas e tempo de serviço - do que aos homens e, se há, é só fazer cumprir a lei e penalizar os prevaricadores.

Há, e já agora, qual é a proposta da Joana, e do feminismo, para a grande percentagem de mulheres que, se pudesse, gostaria de ficar em casa a cuidar do marido e dos filhos a tempo inteiro?

A Rita, e muito bem, falou de algo real. A quantidade de mulheres despedidas por terem sido mães.

·         Por que não há penalização para os empregadores mediante esta violação da lei?

·         Por que não se aplica a lei?  

A Joana - talvez por ignorar a quantidade de vezes que o André Ventura falou sobre a urgência de aumentar e aplicar penas mais duras, incluindo a prisão perpétua para crimes hediondos - citou as muitas mulheres vítimas de violência doméstica e violação.

Tenho várias perguntas:

·         O que fazem as feministas e as Associações - que se alimentam exactamente dessa violência - para acabar com ela?

·         Por que é que as penas não são mais pesadas, como o CHEGA tem reclamado?

·         Por que é que só se “protegem” as vítimas depois de serem violentamente agredidas e não se prendem os agressores antes de matarem?

·         Por que é que nunca se fala na violência contra os homens?  

·         Por que é que há tantas queixas, de mulheres que recorreram a essas Associações, de abusos e mais violência psicológica?

A Rita, e muito bem, mencionou que o CHEGA quer que TODAS as pessoas, independentemente do seu sexo, cor de pele ou orientação sexual, sejam protegidas e que todos os criminosos sejam efectivamente presos, julgados e condenados.

A violência não tem sexo!

Quanto a haver homens que não ajudam em casa… Acredito que haja alguns que não ajudam as suas mulheres em casa e que não colaboram sequer na educação e no cuidado dos filhos, mas, convenhamos, cuidar dos filhos, do marido e do lar, para uma feminista, é trabalhar de graça e ser explorada pelo marido, pelos filhos e... Pelo cão. Trabalhar horas a fio para um patrão, em troca de um ordenado mínimo e da terceirização da educação dos filhos e do cuidado do lar, é emancipação. Matar os filhos no ventre, é empoderamento; fazer sexo com todos os homens, gratuitamente, é “amor”.

Haja pachorra para tanto ódio, frustração, falta de amor e de valores. Eu, como mulher, esposa e mãe, só lamento não ter ficado mais tempo em casa a cuidar dos meus filhos, do meu marido e do nosso lar. Promiscuidade, todas com todos e com muitos [“amor” livre e plural], é bom e salutar. Ser mulher de um só homem, que trabalha arduamente para sustentar a família, e cuidar dele e dos filhos, isso é que não. Só se lhe pagarem? Desculpem, mas exigir pagamento por ter filhos e cuidar deles, amar a família, ser amada e cuidar do lar — desempenhar papéis tão nobres e dignos — faz-me pensar nas prostitutas que só dão prazer em troca de dinheiro... A sério... Vai de retro Satanás.

Foi hilariante ouvir o jornalista, também ele feminista, recorrer ao bicho-papão do Estado Novo, dizendo à Rita que ela, por ser tão nova, não teria como se lembrar, mas deveria saber História… Qual história, homem? A que passou pelas lentes bloquistas e é difundida pelas esquerdas? Estava lá? Viveu nesse tempo? Não creio.

Para terminar, o Dr. Pedro Arroja pode pensar o que quiser e creio que ainda é livre para expressar o que pensa. Usar isso, para afirmar que – só porque o Dr. Pedro Arroja foi mandatário da campanha - o CHEGA quer voltar a tratar as mulheres como pessoas de segunda, é ignorar absolutamente o papel do mandatário, o programa político do partido e a quantidade de mulheres que se sentem representadas e militam no partido. O que o CHEGA quer é que as mulheres tenham realmente o direito a optar por serem aquilo que desejam: esposas e mães a tempo inteiro, e, ou, profissionais de excelência.

Ontem, pela primeira vez desde há décadas, senti-me representada num canal de TV. A Rita Matias, sem precisar tirar a roupa para ter cartaz e tempo de antena, representou todas as mulheres que não estão reféns da narrativa feminista.

Parabéns, minha querida!

 

 




terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Sou conservadora – Escolho a família como Deus a instituiu

 



E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (Génesis 1:27)

Ser conservador é: preferir o familiar ao bizarro, o provado ao polémico, a realidade à ficção, o actual ao teórico, o limitado ao desmedido, o próximo ao distante, o suficiente ao inaceitável, o conveniente ao inconveniente, o riso presente à felicidade utópica.

Não me lembro de um tempo em que “ser conservador” fosse tão mal visto e tão odiado. Hoje, aos ouvidos de muitos, conservador e “homem das cavernas” parecem sinónimos… O próprio dicionário sofreu alterações e onde antes (2001) se lia:

Que, ou aquele que conserva; funcionário do registo predial, civil, etc.; aquele que se opõe a reformas radicais, em política.

 Hoje, somos descritos assim:

Aquele que se opõe às mudanças, não aceitando inovações morais, sociais, políticas, religiosas, comportamentais.

Quem é muito apegado às tradições; tradicionalista.

[Política] Quem faz parte de um partido conservador, defensor da conservação das normas e das tradições estabelecidas.

Funcionário responsável pela guarda, pela gerência e pela preservação do que pertence a organizações públicas.

Quando transmiti o nome da Associação à qual presido - Associação Família Conservadora - a alguns amigos cristãos, vi-os torcer o nariz. Por isso, e para não cairmos no conto do vigário (ou na narrativa progressista, como preferirem) parece-me importante termos a real noção do que significa ser conservador.

Em Portugal, vive-se uma revolução cultural, imposta, promovida e controlada por marxistas culturais, ideólogos do género e pelo movimento feminista, que tem provocado uma esquizofrenia social e que trata qualquer menção à direita e ao conservadorismo como uma ameaça à democracia e à liberdade. A isso, certamente, não é alheio o facto de cada vez mais conservadores se levantarem contra a destruição de princípios e valores eternos. 

Não sei se será tarde demais, mas sei que está mais do que na hora de resgatar e preservar os valores sobre os quais a nossa sociedade foi fundada e de reformar práticas e pensamentos. O conservadorismo provém de uma observação prudente, que, a começar na nossa própria casa, nos conduz a perceber os benefícios de se manter determinada instituição. Como escreveu o filósofo Plutarco:

Quando o alicerce de uma família não é fundado com rectidão, o destino será desgraçado para a descendência.

É comum, ouvir algumas minorias inflamadas afirmar que a instituição da família tradicional deve ser destruída e que existem novas formas para a substituir. Mas, basta olharmos para a história da humanidade, para constactarmos que a família tradicional sobrevive ao teste do tempo há mais de 6 (seis) mil anos. Assim, a questão é:

  •  Será que substituiríamos algo consolidado ao longo de tantos milénios pelo desconhecido? Por uma engenharia social com resultados imprevisíveis?

O modelo tradicional de família, conforme nos prova a experiência dos anos, é de bons ensinamentos para acções virtuosas. Conservar o modelo tradicional de família não é ser reaccionário ou retrógrada a ponto de querermos voltar atrás e regredir ao tempo em que, de acordo com o PRESSE [Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar]: a bissexualidade era comum, a virgindade feminina era pouco valorizada, a prostituição era uma profissão como as outras, famílias tinham representações sexuais explícitas em suas casas, e os imperadores casados tinham relações homossexuais com adolescentes.

Quando tratamos de conservar o modelo tradicional de família, referimo-nos a pessoas lúcidas e com bom senso. O ataque dos progressistas, que acusam os conservadores de simpatizarem com práticas antigas que violavam a dignidade humana (como aquelas que eles simpatizam e se encontram descritas e promovidas no PRESSE e que são promovidas na Escola?), mas isso não tem qualquer relação com ser conservador.

Conservador, é aquele que avaliou todos os pressupostos de algo que é comprovadamente bom (não é bom porque é antigo; é antigo porque é bom) e tem capacidade de reconhecer aquilo que é mau. Isso é tão verdadeiro, que o conservador consegue reconhecer que tantos anos de doutrinação marxista são maléficos para a humanidade e que tal pensamento merece ser desmascarado e combatido, para que não destrua a base de qualquer sociedade próspera e saudável - a família. 

Numa verdadeira democracia (que não têm nada a ver com as "democracias" socialistas) todos devem ter liberdade para dizerem o que pensam e para defenderem os seus valores e a sua fé. Logo, se os conservadores valorizam, por exemplo, o casamento monogâmico e heterossexual, podem e devem proteger as suas famílias do discurso contrário, garantindo assim que os seus filhos não sejam manipulados e confundidos pela compreensão progressista de sexualidade e união entre pessoas. Logicamente, tal defesa deve ser baseada no respeito pelo outro, mas, na realidade, só os conservadores agem em conformidade com este pressuposto, pois,  apesar de hastearem a bandeira da “liberdade de expressão, tolerância, respeito, etc.”, os progressistas não estão satisfeitos com as liberdades - religiosa e de expressão - de quem não pensa como eles, e querem impor-nos a sua cosmovisão - obrigando-nos a aceitar os seus modelos de família e sexualidade como os únicos que são válidos - e exigindo que os acrescentemos à nossa cosmovisão de família.

Hoje, nesta sociedade sinistra [esquerdista], respeitar o outro já não é suficiente e a possibilidade de considerar o que quer que seja como errado é rotulada como “discurso de ódio”. Estamos na era da nova “tolerância” onde todas as visões - menos a visão cristã de família - devem ser consideradas válidas.

O pseudo-modelo de família, que nos está a ser imposto, é totalmente imoral, egocêntrico e visa unicamente agradar a si mesmo e obter prazer. O amor sacrificial (1Cor 13), a bênção da procriação, a beleza do sexo entre homem e mulher, o provimento do lar, ensinar os valores morais e as virtudes às crianças - tudo isto e muito mais - são considerados como algo a ser combatido e destruído. A moda é: união entre pessoas do mesmo sexo, nascer no corpo errado, mães e pais de pet’s, zoofilia, aborto até ao dia antes de nascer, poligamia, incesto, etc.. Comportamentos, que, caso não sejam combatidos e resistidos, prenunciam a ruína de uma civilização.

  • Será que o modelo progressista de família, que nos estão a impor como “tão normal como”, resistiria ao teste do tempo?
  • Será que daqui a duzentos ou trezentos anos teríamos humanidade para contar história?

A resposta clara a essas perguntas é: NÃO!

Então, eu prefiro aquilo que já foi testado e que resulta, ao que o que nunca foi provado; prefiro o facto ao mistério; a família – com todos os seus problemas – à extinção da humanidade.

Hoje, nos guiões de Género e Cidadania, pergunta-se a crianças a partir dos 3 anos: “O que é o Homem?”

 Nós, cristãos conservadores, respondemos: 

O que é o “homem”, senão o “macho” de Génesis 1.27?

E o que é a “mulher” — literalmente, “a do homem” — senão a correspondente “fêmea”?

Deus criou machos para a masculinidade e fêmeas para a feminilidade e rebelar-se contra isso é uma abominação (conforme Deuteronómio 22.5). O género – masculinidade e feminilidade – está firmemente enraizado e entremeado na criação de Deus dos dois sexos: macho e fêmea. A desunião entre género e sexo - que hoje é imposta aos nossos filhos, na Escola, desde a mais tenra idade - não se encaixa na forma como a Bíblia fala a respeito de homens e mulhere e naqueles que são os nossos valores e princípios. Como escreveu Kevin DeYoung:

 

Por mais que a academia contemporânea diga outra coisa, a Bíblia acredita numa unidade orgânica entre o sexo biológico e a identidade de género. É por isso que macho e fêmea são (unicamente) o tipo de par que consegue reproduzir-se (Génesis 1.28, 2.20). É por isso que o homossexualismo – um homem deitar-se com um homem como se fosse mulher (Levítico 18.22) — é errado. É por isso que o apóstolo Paulo pode falar de parcerias homossexuais como um desvio das relações naturais ou da função natural do intercurso sexual macho-fêmea (Romanos 1.26-27). Em cada instância, o argumento só funciona se houver uma equivalência assumida entre a biologia da diferença sexual e a identidade correspondente de macho e fêmea.

 

São boas novas que Deus tenha criado a humanidade como macho e fêmea. Nós, conservadores, não temos que sofrer debaixo da angústia existencial da auto-determinação. Deus já determinou quem somos. Ele criou-nos e chamou-nos macho e fêmea, homem e mulher. Vivemos mesmo coisas antigas, temos uma visão conservadora a respeito da família, do casamento, do relacionamento com o sexo oposto, da sexualidade, do uso do corpo, tudo isto porque nascemos e crescemos numa sociedade fundada nos valores morais judaico-cristãos, ensinados na Palavra de Deus, que vive e permanece eternamente.

Neste mundo, agitado como as ondas do mar, somos chamados a firmar-nos na Rocha. Diante das pressões das vagas deste mundo agitado, estamos firmados no nosso Deus e nos Seus valores morais. Portanto, dia a dia, somos desfiados a resistir, somos chamados a não nos moldarmos a este mundo perverso e imoral.

Estes são alguns dos motivos pelos quais sou conservadora e gosto do nome da Associação. 

#somostodosMiguelMilhão