A minha amiga conta-me uma história:
«Um dia, em sala de aula, o professor disse-me: Ilda, dei-lhe uma nota mais baixa do que a Fulana, porque ela escreveu mais.
Diante de toda a turma, questionei:
Ela escreveu mais, ou escreveu melhor? É que, se escreveu melhor, concordo que tenha tido uma nota melhor, mas, se escreveu mais... Eu não sabia que o Sr. Professor gostava de palha ... »
Esta história veio à minha mente durante o debate de ontem entre o Dr. André Ventura e o Cotrim.
Vou pegar nas frases mais marcantes do debate:
Cotrim
“A vossa estratégia falhou. Queriam ser a terceira força mas já não falam de sondagens, estão a perder gás”
- As sondagens? As mesmas que sempre deram a vitória a Medina na Câmara de Lisboa? Que nunca acertaram com os resultados que o CHEGA tem vindo a alcançar nas eleições e que dão sempre a vitória ao socialismo e à esquerda?
“Querem tornar-se inevitáveis, mas ninguém os quer”
- Ninguém nos quer? Então, como é que Cotrim lê os resultados eleitorais? Quem teve melhores resultados nas presidenciais e nas autárquicas? A IL? Não! Já a IL, o PSD e o CDS não querem o CHEGA porque sabem que terão que fazer mudanças e acabar com a distribuição das clientelas.
“O Chega vai atrás de tudo o que possa dar votos”
- O CHEGA tem um programa muito claro do qual não abre mão e não o esconde num calhamaço cheio de páginas que nenhum eleitor lerá. O CHEGA é o único partido que expõe as feridas purulentas do socialismo e que não se vende, ora à esquerda, ora à direita, como a IL parece disposta a fazer.
“André Ventura faz-me lembrar a Catarina Martins: custe que custar, não faz mal…” [A propósito da TAP]
- Sobre a TAP, discordo do presidente do meu Partido, mas se há alguém com quem ele jamais poderá ser comparado é com a Catarina Martins. Vai de retro!
André Ventura
“A IL não quer saber de Portugal, só quer saber do lucro”
- Verdade. A IL defende um capitalismo absolutamente selvagem e isso ficou claro no debate de ontem.
“O Cotrim de Figueiredo está a fazer demagogia barata”
- O Cotrim, depois de acusar o André Ventura de não ser confiável e de mudar constantemente de opinião, engoliu em seco várias vezes e ficou claramente desconfortável quando foi confrontado com a proposta de que os estudantes do Ensino Superior pagassem os cursos durante 30 anos. Ao dizer que tal ideia já não consta do programa, só mostrou que também ele muda de ideias com alguma frequência e que estava a fazer demagogia barata quando acusou Ventura de algo que ele também faz.
“Vocês já se venderam ao PSD…”
- E já. Aliás, nos costumes são BE e na economia vendem-se a quem lhes dar lugares no governo.
Termino com este comentário, que fiz na publicação de um amigo:
o Cotrim só revelou que é mais um partido que não espera que os eleitores leiam o seu programa político e que, por isso, pode meter lá coisas absolutamente absurdas e escondê-las até depois da eleições. O que o CHEGA fez, para estas eleições, foi um resumo de todo o programa, com os temas centrais e inegociáveis claros para que o eleitorado soubesse no que ia votar. A ideia de que um programa com muitas páginas é bom e outro, com poucas páginas, é mau, só entra na cabeça de quem vota PAN, que apresenta sempre programas enormes com propostas absolutamente execráveis. Ontem, vi um Cotrim disposto a fazer ataques pessoais (e um André a responder, claro) e a engolir em seco várias vezes. O momento em que acusa o CHEGA de mudar de opinião várias vezes e depois é confrontado com pontos do seu programa que já não fazem parte... Deixou-o absolutamente desconfortável. Mas houve mais...
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