Ontem, no debate entre o Dr. André Ventura [CHEGA!] e a Inês Sousa Real [PAN], a moderadora puxou de uma das 100 Medidas de Governo para atacar o candidato da direita:
«Então uma das medidas é que quem recebe subsídio de desemprego tenha que fazer trabalho comunitário, quando está a receber apenas aquilo que descontou?»
O André negou que o documento falasse das pessoas que recebem subsídio de desemprego, a moderadora insistiu que sim, que era o que estava lá escrito, mas MENTIU.
- Medida 70 – A banalização da atribuição do RSI tem-se manifestado negativa para o mercado de trabalho, com consequência directa no desenvolvimento económico. Nesse sentido, propomos que os usufrutuários deste rendimento portadores de condições físicas e psicológicas que lhes permitam trabalhar em normalidade, ingressem num programa de trabalho para a comunidade.
Mas, convenhamos, ainda que a medida falasse dos que recebem subsídio de desemprego, qual era o escândalo? Não é o que já se faz?
Quantas pessoas, que recebem Subsídio de Desemprego, fazem "Trabalho Ocupacional" nas escolas, autarquias e demais entidades públicas, 8:00h por dia, 5 dias por semana, por + cento e muitos euros por mês (a parte que as entidades pagam)? E, se não aceitarem... Acaba o subsídio!?
Como é que a moderadora não sabe disto e acusa o CHEGA de propor aquilo que o socialismo faz há anos?
Aliás, o socialismo já OBRIGA aqueles que nem sequer recebem subsídio de desemprego, mas estão inscritos no IEFP, a fazer trabalho ocupacional - 8 horas por dia, 5 dias por semana - a troco de 300 a 400€ por mês, só para se manterem inscritos.
Ai, e tal, é um curso de formação profissional! Curso de formação profissional, a fazer limpeza no quartel do Exército? A fazer férias de alguém ou a fazer limpeza nas Câmaras Municipais, nas escolas, misericórdias, etc.? A ocupar o lugar de alguém que poderia ser empregado e ganhar pelo menos o ordenado mínimo?
O que o socialismo não faz, nem nunca fez, é colocar aqueles a quem paga para não fazer nada a fazer trabalho comunitário em troca do que recebe. Isso é que não. Afinal... Ganha tão pouco para não fazer nada... Tadinho.
«As pessoas que recebem Subsídio de Desemprego já descontaram para isso.»?
Nem sempre e creio que cada vez menos.
Antigamente, quando as pessoas eram despedidas ao fim de muitos anos a trabalhar, sim, mas isso acontece cada vez menos.
Conheço pessoas que trabalham 18 meses, fazem tudo para ser despedidas, recebem fundo de desemprego durante 12 meses (ou mais, caso não consigam arranjar trabalho entretanto), quando acaba o fundo voltam a trabalhar 18 meses e a repetir o ciclo, vez após vez. Conheço muitos que só vão pedir carimbos às empresas, para provarem que andaram à procura de trabalho, mas que avisam logo que só querem o carimbo. Outros há, que têm instruções das próprias autarquias (onde fazem trabalho ocupacional) para irem a determinado gabinete da CM buscar o carimbo. E, recentemente, soube da dificuldade de uma amiga em arranjar funcionários porque andam a fazer cursos de formação profissional (da treta, diga-se de passagem) no centro de emprego e, assim que termina um, já estão inscritos no próximo... Enfim, não falta quem não queira trabalhar e quem se aproveite de mão de obra barata e dos dinheiros que vêm lá de fora.
Por isso, não é verdade que todas as pessoas que recebem fundo de desemprego tenham descontado para isso, pois o que descontaram nos meses que trabalharam não chega para pagar dois meses de fundo de desemprego.
É por tudo isso que o sistema promove cada vez mais absentismo e subsídio dependência - para aumentar o eleitorado do PS & CIA e perpetuá-los no poder. E é também por isso que sempre defendi um sistema em que os trabalhadores descontassem um valor mensal para um fundo de garantia e, quando fossem despedidos - e só em caso de despedimento, pois quem se despede é porque já tem outro trabalho - levantassem esse fundo e tivessem que arranjar trabalho antes que ele acabasse. Este, sim, é um sistema justo.
#CHEGA! #ÉHoradeMudar
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