quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

"Direita" suicida

 Quando o muro de Berlim caiu e a URSS se fragmentou, muitos acharam que era o fim do comunismo. Ledo engano. O comunismo reinventou-se e continuou a trabalhar arduamente para voltar a governar a Europa e, se possível, o mundo. 

Não deixa de ser revelador o facto de Aleksandr Soljenítsin, que escreveu o Arquipélago Gulag, lhe chamar SOCIALISMO e nunca COMUNISMO, mas não faltará quem ache que isso é só um pormenorzinho sem importância nenhuma. Para mim, não é. 

Cá, neste cantinho à beira-mar plantado, entre Abril de 1974 e Novembro de 1975, tivemos um cheirinho do que é ser governado pelo comunismo, mas, para desgraça de Portugal e dos portugueses, a maioria parece ter-se esquecido e as gerações pós 25 de Abril são doutrinadas na Escola e não fazem a mínima ideia do que foi o 25 de Abril, tão amado pela extrema-esquerda e pela direitinha que a esquerda tolera. 

É essa doutrinação escolar que apaga da memória colectiva o risco que Portugal correu de ser transformado numa "colónia" da ex-URSS, e que formatou grande parte dos professores, jornalistas, opinion makers, actores, e comentadores de esquerda, que influenciam o povo através dos meios de comunicação social. 

Não é de estranhar, portanto, que toda a esquerda se una para voltar a ter o poder. A Geringonça foi a união de partidos inimigos, que se odeiam entre si, mas que deixaram os egos e até a doutrina, de parte, para chegar ao poder e empobrecer o povo. 

Infelizmente, o povo acredita cegamente nas TV's e naqueles que vê todos os dias no ecrã, e, por isso, ainda que tudo aumente e o poder de compra baixe cada vez mais, acredita que é aumentado todos os anos e que é isso que importa. Enquanto tiver pão e circo... Nada importará mais do ser campeão da 1ª liga já este ano.

Não bastasse este quadro negro, temos uma "direita trans", socialista, libertina, pró-cultura da morte [aborto e eutanásia], quase sem expressão e influência na media, que deixou os conservadores órfãos e que se suicida. 

Então, chegou o CHEGA! Chegou, disse ao que vinha, e imediatamente começou a ser perseguido por tudo e por todos. E não, não é vitimização. São factos. Pela primeira vez, desde há cerca de 46 anos, a DIREITA cresceu rapidamente e o SISTEMA sentiu-se ameaçado e mobilizou-se. As FP 25 deixaram de empunhar armas, para assassinar os "dissidentes", e passaram a usar os teclados, para assassinar o carácter de todo aquele que não for fiel ao socialismo de esquerda ou de "direita". 

Ontem, isso ficou claro como água quando aquele que se afirma de direita [FRS]  atacou mais o candidato do CHEGA do que havia atacado todos os candidatos d'esquerda. 

Não que já não estivesse claro, pois cedo se percebeu que o único alvo a abater era o único partido anti-sistema. 

Quando ouvimos dois partidos, quase sem expressão [IL e CDS PP], a dizer que jamais viabilizarão um governo de direita - se o único partido que tem mais intenções de voto do que eles os dois juntos fizer parte desse governo -, percebemos que estão a entregar o país à esquerda. A suicidar-se. 

Aliás, o PSD, que se diz de direita e até pode ganhar as eleições, prefere fazer um bloco central com o socialismo do que governar com o CHEGA! 

E, agora, para tornar o quadro ainda mais negro, vejo o único candidato, no qual acreditei e acredito, a deixar-se enredar nas ciladas armadas pelos candidatos do sistema, moderadores incluídos, e a não explicar ao povo português, nos debates, o que temos para oferecer ao país... 

CHEGA! de passar o debate em discussões de lana caprina. CHEGA! de falar sempre do mesmo. CHEGA! de ser conduzido pelos outros candidatos e pelos moderadores. 

URGE trazer para cima da mesa os valores conservadores da VERDADEIRA DIREITA e adoptar aqueles cidadãos que a direitinha do sistema deixou órfãos. 

CHEGA! Não quero "100 Medidas", quero que o Dr. André Ventura se mantenha firme e não se deixe arrastar para um campo no qual a esquerda dá as cartas de um jogo viciado. A IL tem um programa com 900 páginas? Quem é que o leu? 

Não é o modelo de debates que tem impedido que os portugueses sejam informados, são os candidatos. E vai piorar!

Sei, de fonte segura, que no debate entre todos os partidos há um pré-acordo para - em matilha - atacarem o Dr. André Ventura. Objectivo: enervá-lo, desconcentrá-lo, tirá-lo do sério e impedi-lo de dizer claramente aos portugueses quais são as propostas do CHEGA! para mudar Portugal. 

Não permita que isso aconteça. 

Eu ainda acredito! 

Mas... Confesso que começo a ficar preocupada com a falta de coragem (ou será de vontade?) em trazer para o debate os temas verdadeiramente fracturantes, que tirarão os abstencionistas do sofá e nos darão os tais 10 a 15%: Educação, Família, Ideologia de Género e Economia. 

Ah, e já agora, a TAP foi mesmo um grande tiro nos pés e, na última semana da campanha, terá início um ataque cerrado, por parte de toda a comunicação social, aos candidatos do CHEGA!. 






 

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