terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Uma liberdade totalitária

 «No debate de ontem com André Ventura, assevera João Cotrim de Figueiredo que "as ideias são mais importantes do que as pessoas" (cf. min. 23:49)

Esta é a convicção mais surpreendente que o João Cotrim de Figueiredo exprimiu ontem no debate com o André Ventura.

Em nome desta concepção - segundo a qual "As ideias são mais importantes do que as pessoas" - morreram milhões de pessoas às mãos do socialismo soviético e noutros lugares do mundo durante o último século. Continuam a morrer hoje.

É esta concepção, em que "As ideias são mais importantes que as pessoas", que torna possível impor as ideologias às pessoas, se necessário for pela força, no limite matando-as, e justificadamente assim porque, afinal, "As ideias são mais importantes do que as pessoas".

Para a tradição portuguesa e cristã, defendida pelo CHEGA, as pessoas são mais importantes do que as ideias. Na tradição portuguesa e cristã, ninguém é morto ao serviço das ideias ou escravizado por elas. As ideias existem para servir as pessoas e não as pessoas para servir as ideias.

Aquela frase do João Cotrim de Figueiredo diz tudo sobre o tipo de liberdade defendido pela Iniciativa Liberal porque a prevalência das ideias sobre as pessoas é a marca distintiva das sociedades totalitárias.

Mas que liberdade é essa em que as pessoas têm de se submeter às ideias e, em caso de desacordo, se opta pelas ideias e não pelas pessoas, submetendo as pessoas, e não as ideias?»

- Pedro Arroja



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